Obras e obras…

O Brasil é um país engraçado. Cômico para não dizer trágico! Afinal, somente num território tão vasto e diversificado é possível observar contrastes únicos, porém, todos interligados por uma praga que atinge o país de norte a sul, de leste a oeste. De cima abaixo! A praga da corrupção, do jeitinho, dos benefícios intermináveis para uma reduzida parcela. A praga da burocracia, dos acordos, dos contratos superfaturados. A praga da ineficiência, do Estado inchado e atrasado. A praga do atraso de pensamento que tanto mal faz!

E essa praga se revela bem quando o assunto é obra pública. Há obras e obras…

Não é necessário ir longe, pois aqui, no Oeste do Paraná, existem muitos exemplos do quanto o Brasil ainda precisa avançar se, um dia, ainda sonhar em se tornar uma nação minimamente respeitável. Enquanto, por exemplo, a obra de construção da segunda ponte de ligação entre Brasil e Paraguai avança a passos largos em Foz do Iguaçu, a de duplicação da BR-163, em Toledo, parou geral! Enquanto o Trevo Cataratas em Cascavel segue com o cronograma adiantado, a Escola do Jardim Gisela segue abandonada.

Outros tantos exemplos, outras tantas obras poderiam ser citadas…E olha que nem chegamos ao Hospital Regional, palco recente de uma nova visita eleitoreira e demagógica!

Triste, muito triste, ainda mais sabendo a importância de todas estas – e de tantas outras – obras para o desenvolvimento não apenas de uma cidade, mas de uma região inteira e, no caso da duplicação da 163, de outros estados e até do Paraguai por que não.

Atrasos, orçamentos estourados, roubalheira, propina e por aí se vai no mundo paralelo das obras públicas tupiniquins, nesta República de Bananas!

Mecanismos existem para se tentar frear os atrasos e a corrupção, todavia, muitos deles apenas ajudam a criar esse ambiente de lentidão e atrasos constantes. Obras que há anos deveriam estar concluídas sequer possuem orçamentos para dar passos minimamente avante. O que fazer? Resta apenas tentar mudar o cenário através das armas mais poderosas que ainda restam ao cidadão: votar e cobrar! Cobra e não pedir, mendigar e se contentar com migalhas!

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