Os perigos da vida moderna
Não que desafios entre crianças e adolescentes sejam novidade. Em culturas mais antigas a transição entre as fases da vida era marcada justamente por desafios. Era uma caçada, uma tarefa especial, uma corrida, um obstáculo a ser superado. Também não é nenhuma novidade que desafios acabem em tragédias, como aconteceu esta semana na Itália, onde uma criança morreu após participar do desafio de ficar um tempo sem respirar, um ‘jogo’ que o Tik Tok fez ‘viralizar’ no mundo inteiro, até em Toledo, como mostrou reportagem de quarta-feira. A italiana foi encontrada com um cinto no pescoço, mas poderia ter sido uma criança brasileira, australiana, norueguesa, argentina, libanesa ou de qualquer outro lugar do planeta.
O que fazer?
Esta é a pergunta repetida à exaustão por pais ou responsáveis diante dos perigos da vida moderna. Se antes a preocupação era não deixar as crianças saírem às ruas, hoje o perigo reside dentro de casa, em todos os lugares onde a maravilha da internet alcança.
O que fazer?
Voltar no tempo e acabar com os avanços maravilhosos da internet seria retroceder na própria história da humanidade. Uma espécie de volta à Idade das Trevas, só que tecnológica. Aliás, há muitas famílias adotando essa tática. Não se trata de uma ruptura completa, mas sim um ajuste para evitar os excessos frente às facilidades tecnológicas.
O que fazer?
Para evitar as tragédias é aumentar a vigilância, limitar tempo de internet, restringir o acesso aos equipamentos eletrônicos. É organizar um hall de atividades a fim de tentar blindar os mais jovens para os perigos muitas vezes ocultos em desenhos fofinhos, mas carregados de mensagens sexuais e violentas ao extremo.
O que fazer?
O mais importante é tentar estar ciente do que os mais jovens acessam e perceber o menor sinal de mudança antes que seja tarde demais, algo que infelizmente não é possível no caso desta italianinha ainda no começo de sua vida, ceifada por uma ‘brincadeira’ cujas consequências podem ser gravíssimas e aí entra o diálogo franco para tentar evitar que os mais novos caiam nas novas armadilhas de uma vida moderna com cada dia mais novidades.
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