Os preços seguirão subindo…

Em mais um levantamento feito pela Unioeste em Toledo, o custo da cesta básica teve 7,93% de aumento entre março e abril. No acumulado do período dos últimos 12 meses o custo da cesta básica subiu 31,10%. A pesquisa é realizada pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), composto pelo curso de Ciências Econômicas e pelos programas de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio e Pós-graduação em Economia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo. De acordo com o levantamento, o custo da cesta básica individual passou de R$ 598,27 em março de 2022 para R$ 645,74 em abril deste ano. Já o custo da cesta básica familiar também apresentou um aumento de 7,93%, passando de R$ 1.794,82 em março de 2022 para R$ 1.937,22 no mês seguinte.

Difícil apontar apenas um culpado para essa situação, afinal, houve um aumento nos custos impulsionado pelo aumento do preço dos combustíveis, alguns produtos também foram influenciados pela guerra que ocorre na Ucrânia, como a farinha e o pão francês. Temos também a questão do câmbio, com o real desvalorizado, tornando mais lucrativo a exportação do produto e com isso há um aumento do preço internamente. São vários fatores que influenciam no aumento dos preços. O resultado, entretanto, é apenas um: a redução ainda mais acentuada do poder de compra do cidadão comum, justamente aquele que mais depende dos itens componentes deste levantamento.

Esta é a inflação real que poucos enxergam e, embora haja até alguma reação entre a classe política, verdade é que nada será feito para tentar amenizar os efeitos dessa crise. E por um motivo muito simples: todas as esferas administrativas tiveram aumento na arrecadação de taxas e impostos. A matemática, embora cruel, é bastante simples. Os preços aumentam e, com eles, o valor a ser calculado em impostos. A calculadora dos tributos não quer saber se vai diminuir ou faltar feijão no fim do mês. Quer apenas a parte que lhe cabe e, neste sentido, não tem faltado feijão, carne, combustível ou qualquer outro item à cesta nada básica dos tributos nacionais.

É mais ou menos a mesma conta feita com o Imposto de Renda, onde mais uma vez passou o tempo e nada foi feito para corrigir a base de cálculo. Hoje, fosse aplicada a correção, pessoa que ganham até R$ 4 mil estariam isentas de pagar imposto de renda, ou seja, milhões de pessoas a menos contribuindo. Independente dos motivos, os preços seguirão subindo porque isso ajuda a manter o sempre farto e gordo Estado brasileiro. Ah, e insaciável!

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