Os primeiros nomes
Numa cerimônia com toda pompa e circunstância – como era esperado – o prefeito eleito e o vice, Beto Lunitti e Ademar Dorfschdmit, anunciaram os primeiros nomes dos futuros integrantes do governo para a gestão 2021/2024. Se a primeira impressão é a que fica, é nítido que o comando político da futura gestão passará pelas mãos e mentes, além do prefeito e do vice naturalmente, por um staff que apoiou a dupla durante o processo eleitoral e estará em postos chaves na futura administração. Mérito de Beto e Ademar por terem conseguido resistir às pressões naturais por cargos. Pessoas ávidas em ter seu próprio quinhão.
Por outro lado, há que se medir como será a atuação de alguns integrantes por dois motivos: primeiro a inexperiência política para ocupar as posições para as quais foram escolhidos; e depois a questão ideológica claramente à esquerda, um dos grandes motivos para a derrocada de Lunitti na primeira gestão. Se estes dois obstáculos conseguirem ser contornados de maneira minimamente inteligente, certamente o futuro governo começa bem.
Há que se ressaltar, entretanto, que tanto Beto quanto Ademar deixaram claro que o futuro governo terá um viés mais de esquerda, claramente assistencialista, com aposta firme num projeto polêmico: o tal lote social. A ideia em si não é das piores, todavia, resta saber como a sociedade em geral vai enxergar uma proposta tão controversa como essa, que estará em rota de colisão com o momento de franca expansão imobiliária e que tantos investimentos tem trazido ao município nos últimos anos.
Além disso, essa visão claramente assistencialista precisa de muito dinheiro para se sustentar, algo que não será tão fácil assim no próximo ano em função dos efeitos devastadores que a pandemia do novo coronavírus tem deixado em todo o mundo. Será um ano difícil e de ajustes e talvez este tenha sido um dos motivos para a nomeação de nem todos os ocupantes de primeiro escalão neste momento. Uma economia importante, sem dúvida, para quem precisa ter caixa suficiente.
Os primeiros nomes não chegaram a ser surpresa diante daquilo que já se conhece de Beto e Ademar. As indicações seguiram uma lógica pregada durante o processo eleitoral e o que se espera é que a lógica não seja quebrada quando efetivamente os eleitos se tornarem mandatários.
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