Pesquisa que salva
Santo de casa faz milagre sim. Milagre no sentido de atrelar conhecimento, ciência e tecnologia. Se tudo der certo, pode sair de Toledo, de uma pesquisa do curso de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR) uma plataforma virtual que visa auxiliar em um diagnóstico de AVC com mais precisão.
O estudo nasceu no campus de Toledo. A pesquisa visa utilizar a Inteligência Artificial (IA) para contribuir na apuração de diagnósticos mais precisos através de exames de imagem. Se tudo ocorrer como o planejado – visto que na etapa atual, a pesquisa está em fase de validação científica – a inovação poderá mudar muitos desfechos, ou seja, interferir na qualidade de vida de quem sofreu um AVC.
Os médicos que atendem no pronto-socorro poderão ter acesso a essa ferramenta, disponível 24 horas por dia. É tecnologia trazendo resultados mais precisos e quando o assunto é a vida, um diagnóstico certeiro pode mudar tudo. Diante de um quadro, supostamente, de AVC, frequentemente, a tomografia apresenta sinais muito tênues da doença. Essa falta de precisão pode com facilidade confundir o médico que a analisa.
Com os avanços da pesquisa e seu produto final estando em uso na medicina, vai facilitar que as medidas pertinentes sejam adotadas com mais agilidade. Quando o paciente é rapidamente encaminhado ao serviço especializado, o tratamento poderá ter ótimos resultados, como reduzir significativamente os danos do AVC, impedir a progressão e, dependendo do caso, pode vir até revertê-los.
Em tempos de pandemia, a ciência como um todo não pode parar. Diante de tantas situações de colapso na área da saúde que atingem todo o país, de profissionais que atuam na linha de frente exaustos da batalha, é motivo de vitória receber a notícia de que a medicina avança para minimizar sequelas e salvar mais e mais vidas.
No Brasil, o AVC é considerado a segunda maior causa de óbitos. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que aproximadamente, por ano, 15 milhões de pessoas são atingidas pela doença. Da para imaginar quantas vidas terão outro destino com o avanço da medicina x tecnologia?