Há alguns dias ‘estudantes’ de Medicina da uma faculdade paulista foram flagrados nus e simulando masturbação num jogo de vôlei feminino de uma competição interna. Os ‘estudantes’ foram expulsos pela direção da universidade, algo só possível depois que vídeos circularam nas redes sociais circularam mostrando cerca de 20 ‘homens’ com as calças abaixadas e exibindo seus órgãos sexuais da arquibancada, de onde acompanhavam o jogo.
Ontem, durante o 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, o ministro Camilo Santana afirmou que o caso é “inaceitável” e que o Ministério da Educação aguarda a resposta oficial da Unisa. Além disso, o ministro defendeu que esses ‘estudantes’ responsam pelos seus atos na esfera legal, até porque moralmente não há sequer o que comentar diante de um ato tão deplorável, baixo, covarde, machista, sexista e seja lá qual outra palavra possa ser usada para tentar esclarecer esse tipo de atitude que, infelizmente, está se tornando comum entre jovens dessa geração que pensa poder fazer tudo o que bem entende como não houvesse amanhã.
Chama ainda mais a atenção o caso envolver estudantes de Medicina, uma área onde nos últimos anos está explodindo o número de casos de estupro, importunação sexual, assédio – moral e sexual, entre outros casos que revelam, aparentemente, uma faceta nebulosa de ‘estudantes’ que, por cursarem um curso, imaginam estarem acima do bem e do mal por buscarem exercer uma profissão diferenciada, é preciso reconhecer, mas uma profissão como qualquer outra onde existe pressão e regras a serem seguidas.
Aliás, viver em sociedade é seguir regras e esses jovens não podem colocar apenas na conta da imaturidade este comportamento animalesco. Não por acaso as palavras ‘estudantes’ e ‘homens’ foram grafadas entre aspas, afinal, estudantes de verdade e homens de verdade não se comportam dessa forma. Machistas sim! Abusadores idem!
Não, essa nem qualquer outra geração pode fazer tudo que pensa da forma como quer. Embora o campo fértil das redes sociais e da internet sombria possam dar essa falsa impressão, ainda assim existem regras sociais a serem seguidas, mesmo num país tão bagunçado quanto o Brasil.
