Portos paranaenses
Os portos paranaenses cada vez mais ganham espaço como protagonistas no cenário global do comércio diante de um crescimento que merece destaque. No período entre janeiro e julho de 2024, os portos do Estado registraram um aumento de 16% nas exportações de soja, totalizando cerca de 9,41 milhões de toneladas.
Tal crescimento é quatro vezes superior à média nacional de 4%, que elevou o total exportado para 75,39 milhões de toneladas. Esse desempenho coloca em destaque a eficiência operacional dos portos do Paraná, além de ilustrar as mudanças significativas nas dinâmicas do comércio global e nas tendências agrícolas.
Uma das principais forças que envolvem esse contexto é a demanda da China – que absorve 94% da soja exportada pelos portos do Estado. A necessidade chinesa de soja – utilizada no processo de produção de ração animal – salienta a importância estratégica desses portos no comércio global de grãos.
O impacto positivo desse crescimento supera as exportações de soja, pois existem outros segmentos também estão mostrando desempenhos notáveis. Por exemplo, as exportações de açúcar a granel cresceram 50%, impulsionadas pela demanda em mercados como Indonésia e Irã. A movimentação de contêineres também aumentou 38%. Tais resultados demonstram a adaptabilidade dos portos paranaenses em um ambiente global dinâmico.
O Porto de Paranaguá também se destaca como o maior canal de exportação de carne de frango congelada do mundo. Essa crescente demanda por carne de frango reforça a importância estratégica dos portos do Paraná e a necessidade de constante inovação para manter essa liderança.
Em números, o primeiro semestre de 2024 também trouxe recordes históricos, com 33.780.236 toneladas movimentadas, um aumento de 9% em relação ao ano anterior. Já o mês de junho estabeleceu um recorde de movimentação mensal, alcançando 6.582.670 toneladas. Esses números reforçam a eficiência operacional dos portos, além de evidenciarem o papel vital que desempenham na economia nacional e global.
Para manter esse crescimento, o Estado deve continuar a investir em sua infraestrutura portuária e logística. É promissora a expectativa de uma boa safra para o ciclo 2024/2025, contudo, a capacidade de manter a posição de liderança dependerá de investimentos estratégicos e de uma visão de longo prazo.