Será mesmo?
Neste sobe e desce dos dados do Covid-19 e também da dengue, fica a pergunta: Será que a população está tomando consciência da sua responsabilidade ou apenas é uma questão de momentos?
Os dados do coronavírus tiveram um grande aumento quando tudo foi liberado. População saiu, sentiu-se livre, “a pandemia acabou” era o que parecia aos olhos nus com parques lotados de gente, mercados e ruas cheios. E não acabou, tanto que voltamos para bandeira vermelha, cuidados restritivos. Baixamos os dados e isso ainda não quer dizer que estamos livres da pandemia e também não significa que os índices não possam subir segundo fala do porta-voz do Centro de Operações Emergenciais, Fernando Pedrotti.
Temos aí uma situação. Outra situação é a dengue. População exigiu que viesse o fumacê, que as autoridades tomassem alguma providência. Ok, as autoridades tomaram as providências cabíveis a elas e ainda tomam, mas e a população, faz sua parte?
Em ambas as situações, o que vemos aqui é uma falta de responsabilidade e sabem por que? Porque uma parcela da população não consegue fazer por sí, precisa da “mamãe” cobrando o que deve ser feito. Precisa de um agente da vigilância sanitária batendo na sua porta mensalmente pra verificar se “a tarefa de casa” foi feita em manter os quintais limpos, não acumular lixos e lavar as calhas, caso contrário fazer pra que né?
Precisa de um policial ou guarda municipal falando para usar a máscara na rua para evitar pegar coronavírus. Precisa de alguém vigiando seus passos. Estranho não, afinal, após os 18 anos todos se tornam inteiramente responsáveis pelos seus atos, mas se não tiver ninguém olhando dá pra ficar sem máscara né, dá pra deixar a limpeza pra amanhã ou na semana que vem.
E se prepara que vem clichê por aí…se cada um fizer sua parte, o agente sanitário vai poder trabalhar em outras situações tão importantes quanto a dengue, o guarda municipal poderá orientar a população em outras situações que não o uso da máscara, o policial poderá efetuar seus deveres e não ficar fazendo ronda pra ver quem estão ou não cumprindo determinações de restrição do decreto.
Sim, terão aqueles que vão dizer “a vida é minha faço com ela o que eu quiser”. Errado, bem errado. Você faz da sua vida o que quiser se não interferir na vida do outro que, por exemplo, se você precisar de médico por pegar Covid-19 ou dengue, ele pagou imposto, se ele pegar dengue porque o seu quintal estava sujo, foi ele que adoeceu por sua irresponsabilidade e por aí vai. Simples né.
Consciência, empatia, cuidado. Faça sim a sua parte para evitar problemas que depois facilmente conseguirá apontar culpados sem olhar para seu próprio umbigo e ver que o início de tudo, quem causou, foi você mesmo.