Uma imprensa livre
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, disse nesta quinta-feira (5) que, em um país sem imprensa livre, a Constituição é “mera folha de papel”. Ainda de acordo com o ministro, “num país onde a imprensa não é livre, é intimidada, é amordaçada, é regulada, sendo a imprensa um dos pilares da democracia, nesse país, a democracia é uma mentira, e a Constituição é uma mera folha de papel”, afirmou Fux.
O presidente do STF destacou ainda a importância da imprensa profissional para o combate as informações falsas, as chamadas fake news, em ano eleitoral. Fux ressaltou que a imprensa profissional busca a verdade e impede a propagação de mentiras permitindo que o eleitor possa “proferir seu voto bem consciente e bem informado nas eleições”. O presidente do STF lembrou que a imprensa não pode sofrer nenhuma forma de censura ideológica, política ou artística.
A declaração de Fux ganha ainda mais importância pelo momento no qual foi dada, afinal, a aproximação das eleições acirra divergências e deixa ainda mais em evidência a Justiça. Não apenas a eleitoral. Pena que nem todas as lideranças pensem da mesma forma e, volta e meia, partam para o ataque contra a imprensa brasileira que, em geral, realiza um trabalho vital para a manutenção desta tênue democracia nacional que ainda engatinha, ainda se organiza, ainda se ajeita tentando sobreviver aos constantes ataques à sua existência.
Chega ser engraçada tal declaração, ainda mais após o próprio STF ter dado um dos mais duros golpes contra o jornalismo nacional ao acabar com a obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional. Culpa não apenas do Supremo Tribunal Federal, mas da própria imprensa que se sujeita a determinadas situações sem se impor, sem responder à altura os ataques que sofre.
Que a imprensa – séria – siga cumprindo seu papel e que os ataques continuem, porque de certa forma isso representa o quão certeiro tem sido informar a sociedade sobre aquilo que acontece. De bom e de ruim!