Uma questão de consciência

Estamos às vésperas da virada para 2022 e, claro, o clima festivo tomou conta não apenas de Toledo, mas de qualquer cidade em nossa região. Parentes e amigos se reunindo para celebrar mais um ano que, apesar de todas as dificuldades, termina com aquela boa e velha esperança de dias melhores. Num ano onde tantas vidas se perderam, nada melhor que uma pausa para valorizar a vida, a saúde e, claro, repensar algumas atitudes. Mas há um assunto em que o brasileiro em geral não consegue repensar: a cultura do lixo!

No Natal já foi possível perceber a sujeira deixada nas ruas. E olha que nem havia tantas pessoas celebrando assim. Agora, no Ano Novo, a tendência é de uma sujeira muito maior, uma clara demonstração de falta de civilidade e de consciência coletiva que se verifica em outras frentes também. Recentemente, durante a Virada Cultural, mesmo com tantas lixeiras à disposição, as equipes do serviço de limpeza da cidade tiveram trabalho dobrado com a quantidade de lixo deixada por porcalhões da vida moderna que adoram atirar garrafas em qualquer canto, deixar restos de comida espalhados ou então outros restos mortais de sua passagem por algum lugar.

Jogar o lixo no lixo é uma atitude das mais básicas em qualquer sociedade civilizada, assim como também o é evitar fazer necessidades em locais públicos. Mas como o Brasil é o Brasil, além do lixo existe também quem adore fazer um ‘xixizinho’ na grama alheia, no poste, na árvore…E isso que nem ainda chegou o animado Carnaval, quando os ânimos se acirram e as energias parecem ser redobradas para tanta sujeira.

Uma sujeira que apenas reflete aquilo que em geral o país é: bagunçado, desorganizado, desgovernado. Não se trata de não celebrar momentos marcantes. Festa é festa e sempre é bom, afinal, ajuda a suportar ou esquecer alguns dos gravíssimos problemas que este país enfrenta, porém, não custa absolutamente nada jogar o lixo no local devido, assim como devolver o carrinho do supermercado ao espaço da loja, respeitar a fila, seguir regras, entre tantas outras atitudes que representam a diferença entre um país civilizado e um que ainda engatinha quando se trata de cidadania plena.

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