Mauro Picini Moda e Estilo 16/08/2022

Economia aquecida requer mão de obra qualificada na Região Oeste

Com o mercado de trabalho aquecido, aumenta a busca por profissionais que atendam a demanda de mão de obra na Região Oeste. Conseguir emprego ou profissionais qualificados para determinadas vagas de uma empresa podem não ser tarefas fáceis. De um lado, está o profissional que precisa da vaga, do outro o empregador que tem a oferta, mas que nem sempre é preenchida. “Na nossa Região tem muita vaga bem remunerada, mas muitas vezes não encontramos as pessoas porque falta estudo ou experiência. Muitas vezes existe um desencontro entre o que o candidato tem e o que a empresa precisa e saber onde buscar esses profissionais, torna o trabalho do recrutador qualificado ainda mais importante”, explica Sara Donaduzzi Siqueira, sócia-proprietária da Folks RH.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados em junho por meio do Ministério do Trabalho e Previdência, apontam que o Paraná alcançou 61.686 empregos com carteira assinada no período de janeiro a abril deste ano. Em Toledo, Oeste do Estado, no mesmo período, 2.160 pessoas foram contratadas. Para atender a demanda das vagas que precisam de profissionais qualificados, a Folks RH, empresa residente no Biopark, conta com a estrutura do Ecossistema, que por meio do Biopark Educação investe em ensino com uma metodologia ativa para desenvolver profissionais de excelência, com foco no mercado de trabalho; por meio da oferta de cursos curtos, cursos técnicos, de graduação e pós-graduação. “O Biopark atua para realmente solucionar o problema de uma forma mais duradoura. Principalmente na questão da Tecnologia da Informação (TI) está se investindo bastante. Então, é realmente formar esses desenvolvedores pelo menos no nível Junior, para que eles consigam entrar nas empresas e ter um mínimo do que precisam, para aumentar a sua experiência, o seu know how e chegar nas vagas que realmente são as que fazem falta”.
No último dia 01 de agosto, a Folks RH completou dois anos de atividades e neste período foram realizadas cerca de 7,5 mil entrevistas, para 45 empresas atendidas, gerando 325 contratações, além de mais de 1150 pessoas avaliadas em processos seletivos para projetos do Biopark Educação. Para o futuro, com o objetivo de atender as demandas de empregabilidade da Região, a empresa deverá ampliar ainda para outras práticas de gestão de pessoas. “Começamos para ser uma empresa de gestão de pessoas e acabamos nos especializando na área de recrutamento e de processos seletivos. Mas, para o futuro, nossa intenção é de ir também para outras práticas de gestão de pessoas com pesquisa de clima, cargos e salários e desenvolvimento de pessoas por exemplo”, complementa Sara.

Folks RH – o início – Das dificuldades da pandemia, Sara Donaduzzi Siqueira e o esposo Vinicius Siqueira perceberam a demanda da Região e abriram a Folks RH. A empresa que surgiu por meio de um aconselhamento de carreira, iniciou com os dois sócios e cresceu no mercado. A Folks RH possui uma plataforma moderna de contratação e trabalha com as melhores empresas do Oeste do Estado. O objetivo é levar os melhores candidatos para as empresas que precisam de um novo talento para trajetórias de sucesso, de forma humanizada e ética. “Quando começamos, nós pensamos que demoraríamos seis meses para contratarmos alguém. Em menos de três meses já tínhamos um colaborador, logo depois, mais um e agora terminamos dois anos em 11 colaboradores conosco. Nosso objetivo era de fornecer um serviço de qualidade na área da gestão de pessoas, diferente do que se via nas práticas da Região. Não poderíamos sonhar com tudo que a gente fez em tão pouco tempo”, enfatiza Sara.

Adaptação para o mercado da Região – No final de julho durante o 1º Primeiro Fórum Estratégico da Empregabilidade realizado pelo Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), empresários, profissionais, lideranças e especialistas do Estado se reuniram para encontrar soluções para a escassez de mão de obra na Região Oeste. A previsão é de que até o final deste ano 12 mil novas vagas sejam abertas. Sara explica que a Folks RH trabalha lado a lado com os gestores para encontrar candidatos que permanecerão na empresa, auxiliando no crescimento dos clientes. “Atendemos desde vagas operacionais até gerencial, porém, a maioria das vagas é para analistas. A Região tem muito mercado e a gente nunca nasceu para ser uma empresa especializada de recrutamento e seleção. Foi por onde começamos, mas não é onde vamos ficar. Queremos ter uma carta bem completa na área de consultoria em gestão de pessoas feito com qualidade para atender o Oeste do Paraná”, finaliza Sara Donaduzzi Siqueira.

Marketing de cortes: conheça a principal tendência da comunicação para 2022

*Por Cezar Augusto de Lima Choptian

Dois movimentos vêm se destacando em 2022 e merecem a atenção de quem está buscando ganhar mais espaço e visibilidade: os podcasts e os canais de corte. Já não é de hoje que falamos sobre a tendência crescente dos conteúdos em formato podcast. O Spotify surfa em um espaço negligenciado pelo Youtube, com três pilares principais: mais leve que vídeo, permite fazer outras atividades durante o consumo e é muito mais fácil para o produtor de conteúdo. Mas e esse tal “canal de corte”, o que é?
Os canais de cortes publicam trechos de materiais maiores, atraindo pessoas com vídeos de poucos minutos, conquistando a atenção e promovendo o conteúdo principal. Mais do que um novo formato de vídeo, ele se tornou uma estratégia de marketing e de monetização para criadores de conteúdo. Porém, antes de falarmos sobre essa mega tendência, vamos contextualizar como chegamos até aqui.

Tamanho dos Conteúdos – Uma crença quase indiscutível num passado recente era que os conteúdos deveriam ser curtos, já que ninguém despende de longos períodos livres, e isso faria com que a taxa de visualização fosse baixa, prejudicando o desempenho junto aos algoritmos. Outra característica que reforçava o tempo reduzido era o limite que as próprias redes impunham, como o Instagram, que limitava o feed em apenas 1 minuto e o IGTV em no máximo 15 (para contas normais).
Nessa mesma linha, uma das referências em conteúdo para o Youtube desde os primórdios, Rafinha Bastos, criou um canal chamado 8 minutos, em que fazia entrevistas rápidas de, no máximo (como o próprio nome do canal já diz) 8 minutos. Em 2021, o humorista se alinhou à tendência dos conteúdos longos, que passaram a ter mais destaque, chegando muitas vezes a mais de duas horas de duração (uma mudança bastante relevante em relação às convicções do passado).

Nugget Vídeo – Dentro da linha dos “lançamentos” e do marketing de afiliados, surgiu a denominação “Nugget Vídeo”, que se refere a trechos menores de um conteúdo maior. Por exemplo, neste segmento, as lives e palestras são algo comum para atrair a atenção de novos seguidores/clientes em potencial, no entanto, nem todas as pessoas estão dispostas a dedicar logo de cara horas do seu tempo para assistir uma live ou uma longa palestra. Pensando nisso, e em se adaptar às limitações de tempo de cada plataforma, assim como ter uma frequência mais intensa de postagens, os conteúdos longos começaram a ser desmembrados em pequenos cortes, com um trecho, tema ou dica relevante. Dessa forma, o interlocutor tinha a chance de capturar a atenção do seu público em potencial em apenas alguns minutos, não mais em horas.

Canais de Cortes – Foi a partir destas mesmas deduções, adquiridas a partir do comportamento dos usuários, que criadores de conteúdo começaram a separar os “melhores momentos” de seus episódios (seja de podcast ou vídeo) em pequenos cortes para chamar a atenção de novos usuários de forma mais eficiente. O passo seguinte desse movimento foi criar um canal diferente do original apenas para o compartilhamento dos cortes. Entre outros motivos, a criação de um novo canal está relacionada ao aumento da exposição do conteúdo e à monetização destes vídeos dentro da plataforma.
O canal Inteligência Limitada, do humorista Rogério Vilela, inovou no segmento dos cortes, criando um “corte exclusivo”, um conteúdo captado juntamente ao podcast longo, porém que não vai ao ar nas demais mídias, nem faz parte do conteúdo original, indo apenas para o canal de cortes. Com isso, os usuários passaram a ter que seguir ambos os canais para assistir todo o conteúdo original.

Tendência – Apesar de ser uma tendência ainda pouco difundida, se comparada aos podcasts, os canais de corte vieram para ficar e já mostram resultados expressivos para quem vem testando a estratégia. Assim como outras novidades do segmento, é importante lembrar que a chance de ganhar visibilidade em novos formatos é sempre maior no início, devido à falta de concorrência. Sabendo disso, o que você me diz: vai testar ou vai deixar essa tendência passar?

  • Cezar Augusto de Lima Choptian é sócio fundador da agência de marketing digital Stardust (https://stardust.digital)

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