Mauro Picini Moda & Estilo 08/03/2022

Dia Internacional da Mulher:
Hoje é dia de lembrar!

Por Débora Loureiro

Hoje é o Dia Internacional da Mulher. Dia de lembrar nossa própria história e daquelas que nos trouxeram até aqui. Dia de resgatar na memória (ou pesquisar) os caminhos das mulheres famosas (ou não) que lutaram e conquistaram espaço que antes nos era negado. Saber de suas conquistas e perceber que antes não tínhamos tantos direitos, tínhamos menos liberdade e menos respeito.
É essa consciência que faz com que percebemos que as coisas eram muito diferentes. Que a opressão era ainda mais nefasta. E que sim, ainda temos que fazer muita coisa, por nós, por nossas filhas, pelas outras mulheres.
Falando no âmbito nacional, podemos listar as seguintes conquistas:
Somente em 1827 foi permitido o acesso das mulheres às escolas primárias! E em 1879 conquistamos o acesso à faculdade. Imagine só, hoje somos maioria no acesso à faculdade.
Em 1832 tivemos a primeira publicação, feita por Nísia Floresta, que desafiou os costumes da época e foi a primeira mulher brasileira a denunciar em uma publicação o mito da superioridade do homem e de defender as mulheres como pessoas inteligentes e merecedoras de respeito igualitário.
Apesar do primeiro partido político feminino ter sido criado em 1910, como ferramenta de defesa aos direitos femininos, como o direito ao voto e sua emancipação social. Foi apenas em 1932 que pudemos votar.
Sabe o cartão de crédito/débito que você tem na carteira? Somente em 1974 foi possível carregá-lo legalmente! Jogar futebol legalmente, em 1979.
Mas o mais importante (e para mim o mais grave, por ter demorado tanto), é que somente em 1988, na nova Constituição Brasileira, que homens e mulheres foram considerados iguais! Em 2002, não ser mais virgem não era mais motivação para anulação de casamento.


Lei Maria da Penha? Sancionada em 2006. Feminicídio se torna uma tipificação legal? 2015.
É uma listagem rápida e muito significativa! Há muitas outras! E a história foi feita para ser aprendida, e nesse caso, comemorada.
Que nos inspire em nossas lutas cotidianas. Que eduquemos nossas filhas a serem livres e inteligentes e nossos filhos a não verem as mulheres como posse e a lidarem com suas emoções de forma saudável.
Que nos inspire a dizermos Não em situações absurdas, em nosso cotidiano.
Que nos inspire a ajudarmos umas as outras, quebrando um ciclo de suposta competição.
Que possamos vestir nossas calças todos os dias e saber que isso, essa vestimenta, também foi um ato de liberdade!
Lembre-se que você pode fazer tudo sim! O que quiser e onde quiser. Que seu lugar, é onde você decidir! Que seus sonhos, seu trabalho, sua vida merecem respeito, dignidade e apoio. Não se esqueça disso! Combinado?
Débora Loureiro é especialista em Autoestima. Contribui para o aumento de poder pessoal de quem está em contato usando conhecimentos de várias áreas sobre a mente humana, experiência e sensibilidade. Atua com sua personalidade única na vida de seus clientes para trazer ao mundo mais pessoas que estão cumprindo suas missões de vida. Ajuda a descortinar luzes interiores com toda sua potência e esplendor.

Dia Internacional da Mulher:
Empoderamento nas finanças pessoais

Especialista traz dicas de como lidar com a vulnerabilidade financeira da mulher

Rebeca Toyama é fundadora da ACI que tem como missão desenvolver competências dentro e fora das organizações para um futuro sustentável

Desde os primórdios, por diversas razões antropológicas e culturais, o ser humano desenvolveu um padrão de comportamento que afasta a mulher das finanças, mesmo que isso tenha mudado, essa ainda é a realidade de muitas mulheres. Rebeca Toyama, especialista em bem-estar financeiro, aproveita a data para conscientizar mulheres, homens e empresas sobre a importância de cuidarem do bem-estar financeiro.
De acordo com um estudo feito por três pesquisadores brasileiros da ESPM de São Paulo, as desvantagens vividas pelas mulheres ao longo da vida, como o menor acesso ao conhecimento financeiro, empregos de qualidade inferior, menor renda em relação ao mesmo trabalho desenvolvido pelos homens, trajetórias de trabalho irregulares e associadas ao papel de cuidadora dos filhos e da família, contribuem para o agravamento da vulnerabilidade da mulher quando o assunto é dinheiro.
Um outro ponto do estudo que chamou bastante a atenção dos pesquisadores foi que a violência doméstica também tem impacto nas finanças femininas, tanto no curto como a longo prazo. Além da intimidação psicológica também foram identificadas estratégias para prejudicar o trabalho, dependência financeira extrema e táticas de isolamento que fazem as mulheres se sentirem economicamente dependentes e presas no relacionamento.
Para Rebeca Toyama, esse cenário reforça os distúrbios de dependência e facilitação financeira, e mostram o quão é preciso chamar a atenção para a importância de ajudarmos as mulheres a desenvolverem habilidades que reduzam a vulnerabilidade financeira, como: confiança, protagonismo, inteligência emocional e autocontrole.
“Mesmo nos casos que o pai, marido ou irmão assumem unilateralmente as finanças com a intenção de proteger, o custo é o enfraquecimento da mulher, que na ausência do homem, seja por divórcio ou falecimento, não tem a experiência para cuidar das finanças domésticas”, explica a especialista em bem-estar financeiro, Rebeca Toyama.
O primeiro passo para começar essa mudança é trazer consciência tanto para as mulheres quanto para os homens da importância de se cuidar do bem-estar financeiro em conjunto, para que todos sejam capazes de contribuir com a preservação e multiplicação do patrimônio da família.
A frase ‘se você não controla o seu próprio dinheiro, você não controla a sua própria vida’ vai além de gerar renda ou controlar gastos, discorre sobre tomar decisões e controlar as finanças para se ter liberdade, independência, autonomia e segurança.
O Observatório Febraban revela que na administração do orçamento doméstico, as mulheres dominam, 56% das entrevistadas declararam assumir essa função, contra 44% dos homens. “O protagonismo feminino pode promover uma revolução social, começando por um orçamento doméstico sustentável que garanta qualidade de vida no presente, sem colocar em risco seu futuro”, finaliza Rebeca Toyama.
Endividamento e estresse financeiro comprometem o bem-estar na vida profissional e pessoal de qualquer pessoa. Ao reduzirmos a vulnerabilidade financeira da mulher, estaremos também contribuindo com os indicadores do ODS 5 – igualdade de gênero e do ODS 10 – redução das desigualdades, e para isso, a especialista em bem-estar financeiro, Rebeca Toyama preparou 4 dicas:
Para mulheres: acreditem em seus sonhos e se planejam financeiramente para realizá-los, assumam seu papel no orçamento doméstico, demonstrem interesse pelo tema, busquem informações com pessoas que já fazem isso com sucesso;
Para homens: sejam grandes aliados nessa causa, compartilhem seus erros e acertos sobre finanças pessoais com as mulheres que estão ao seu redor motivando seu interesse e participação no mercado financeiro;
Para famílias: compartilhem e estimulem metas com filhos e filhas envolvendo todos os membros na elaboração e acompanhamento do planejamento;
Para empresas: incluam em seus treinamentos programas sobre bem-estar financeiro, educação financeira e aposentadoria.

Sobre Rebeca Toyama
Rebeca Toyama é fundadora da ACI que tem como missão desenvolver competências dentro e fora das organizações para um futuro sustentável. Especialista em educação corporativa, carreira e bem-estar financeiro. Possui formações em administração, marketing e tecnologia. Especialista e mestranda em psicologia. Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), da Universidade Fenabrave e do Instituto Filantropia.

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