Mauro Picini Programe-se 06/05/2022
IFPR e Biopark abrem inscrições para a segunda edição do curso “Do Zero ao Um”
Estão abertas até o dia 24 de maio as inscrições para o “Do Zero ao Um” – curso de iniciação à área de Programação promovido por meio de parceria entre o Instituto Federal do Paraná – IFPR Campus Assis Chateaubriand e o Biopark. A oportunidade é voltada a estudantes do 9° ano do Ensino Fundamental ao último ano do Ensino Médio e que tenham de 14 a 18 anos. A capacitação é gratuita e oferece bolsas de estudo de até R$ 300,00 para todos os aprovados nas 48 vagas.
Segundo a gerente de educação e pesquisa do Biopark, Ana Luiza B. Donaduzzi, é preciso apresentar os adolescentes e jovens às possibilidades do mercado de tecnologia da informação. “A TI é uma área que demanda muitos profissionais, é importante mostrarmos as oportunidades para que não precisem esperar o período de escolher um curso superior para descobrirem. O profissional com esse conhecimento pode atuar em muitas áreas como por exemplo na saúde e no agronegócio”, destaca.
A duração do curso é de quatro meses e não é necessário ter qualquer conhecimento na área para participar. “Os estudantes vão se dedicar a aprender duas coisas importantes: a lógica de programação e as linguagens de programação, que são várias. O objetivo é que tenham o primeiro contato com essas linguagens, aprendendo o básico para quem está começando”, explica Renato Lada Guerreiro, Coordenador do Centro de Referência IFPR-Biopark.
Essa é a segunda edição do “Do Zero ao Um” que, em 2021, registrou 450 candidatos para as 48 vagas. Por meio da parceria, o IFPR entra com a equipe docente qualificada e o Biopark fornece a infraestrutura, suporte para os alunos e as bolsas de estudo. “Tivemos ótimos resultados na primeira edição com 47 concluintes. Alguns tiveram a oportunidade de fazer estágio em empresas do Ecossistema e outros utilizaram o conhecimento adquirido para passar no processo seletivo do Ensino Médio Integrado, também realizado em parceria com o IFPR”, conta Ana Luiza B. Donaduzzi. As inscrições podem ser realizadas até o dia 24 de maio pelo site www.bioparkeducacao.com.br. Os inscritos passarão por um processo seletivo no dia 29 maio que será composto por uma prova de raciocínio lógico e de interpretação. As aulas iniciam no dia 14 de junho e acontecem às terças, quartas e quintas das 14h às 17h no Biopark Educação.
Itaipu comemora 38 anos de operação com foco no futuro
Iniciativas como a atualização tecnológica e a gestão de ativos têm como objetivo garantir produção energética de qualidade no longo prazo. A empresa contribui para que Brasil e Paraguai figurem entre os países com matriz elétrica mais sustentável no mundo
No último dia 5, a hidrelétrica de Itaipu completa 38 anos de operação. Desde o dia 5 de maio de 1984, quando a primeira unidade geradora começou a produzir, a usina binacional já gerou mais de 2,85 bilhões de megawatts-hora (MWh), energia suficiente para atender ao Brasil por cinco anos ou ao Paraguai por 164 anos.
Apesar de a produção ter sido prejudicada pela seca nos últimos três anos, Itaipu segue sendo fundamental para a segurança energética de ambos os países. Em 2021, quando a produção anual atingiu 66 milhões de MWh, respondeu por aproximadamente 8% do suprimento de eletricidade ao mercado brasileiro e 86% do consumo paraguaio.
Se por um lado essa baixa afluência afetou a geração de energia, por outro lado teve seu impacto minimizado pelo aprimoramento contínuo dos processos de operação e manutenção da usina, o que permitiu otimizar a produção de modo a aproveitar ao máximo a água disponível. Neste ano, a produtividade média é de 1,1076 MWméd/m³/s, a maior já registrada para esse período na história da usina.
Além disso, em um contexto em que o mundo discute como promover a transição energética (a substituição de fontes de energia poluentes por limpas), a Itaipu contribui para que tanto o Brasil como o Paraguai figurem entre os países com matriz elétrica mais sustentável no mundo.
No caso brasileiro, a hidroeletricidade é a principal fonte e respondeu em 2021 por 63% da geração de energia elétrica. E a energia de Itaipu participou com 13% da fonte hidro no País. Dessa forma, a usina brasileiro-paraguaia contribui diretamente com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7 (Energia acessível e limpa), especialmente a meta 7.2, em que o compromisso do Brasil é manter elevada a participação de energias renováveis na matriz nacional.
Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Anatalicio Risden Junior, a Itaipu é uma referência sob muitos pontos de vista, mas principalmente por se tratar de um projeto bem-sucedido de parceria entre dois países, com reflexos positivos para a qualidade de vida e prosperidade de suas populações. “E para seguir produzindo eletricidade em quantidade e qualidade para atender às demandas do Brasil e do Paraguai, a Itaipu acaba de dar início à atualização tecnológica da usina”, destacou o diretor.
Lançada no último dia 29 de abril, no Edifício da Produção, com a presença de diretores e conselheiros, a atualização receberá investimentos de US$ 649 milhões ao longo dos próximos 14 anos. O projeto, o mais complexo e de maior custo desde a construção da usina, prevê a substituição dos sistemas de controle e proteção das 20 unidades geradoras, da subestação isolada a gás, dos serviços auxiliares da usina, das comportas do vertedouro e da barragem, de toda a fiação de força e controle desses dispositivos, além do sistema de medição e faturamento da usina. Equipamentos eletromecânicos, como turbinas e geradores, que têm uma vida longa maior, não serão substituídos.
Esse cuidado com os equipamentos é outro fator presente desde o início da operação da usina e que reflete na produção energética de qualidade. Para isso, os ativos devem possuir alta confiabilidade e disponibilidade. A gestão de ativos teve início já no início da década de 1980, quando foi implantado o Sistema de Operação e Manutenção (SOM). Essa plataforma reúne dados, funções e processos de operação e manutenção que permitem à Itaipu produzir com alta performance e eficiência.
Além disso, o sistema está sempre evoluindo, fruto da proatividade das equipes binacionais e da cultura de melhoria contínua. Um dos indicadores de sucesso está nos índices de disponibilidade das unidades geradoras (superior a 97% em 2021) e de indisponibilidade forçada, ou seja, quando há paradas não previstas (inferior a 0,22% nos últimos 8 anos), que demonstram a maturidade e a solidez da gestão da operação e da manutenção da Itaipu.
Segurança de barragem – Os cuidados com a usina também se refletem nas ações de segurança de barragem. Ao todo, são mais de 3 mil instrumentos de medição e de 5 mil drenos que permitem a verificação imediata do comportamento das estruturas. Neste ano, os técnicos da empresa estão concluindo a Revisão Periódica de Segurança de Barragens, com o objetivo de manter atualizados os controles internos.
Em novembro, ocorrerá a 23ª reunião do Board Internacional de Consultores Civis, que acontece a cada quatro anos e tem o objetivo verificar o desempenho das estruturas civis por meio da avaliação feita por uma junta internacional de consultores com vasta experiência em projeto, execução e monitoramento de barragens. Além da durabilidade das estruturas e da produção de energia no longo prazo, são ações que garantem a segurança das comunidades do entorno, principalmente a jusante da barragem.
Para o diretor técnico executivo de Itaipu, David Rodrigues Krug, “esse resultado é fruto de um trabalho integrado entre as equipes binacionais, com planejamento adequado das ações de modo a disponibilizar os diversos recursos necessários para garantir a eficiência da produção e da gestão dos ativos da usina. Tudo isso contribui para a confiança que as sociedades brasileira e paraguaia depositam na binacional, bem como para o reconhecimento internacional que Itaipu possui nos mais diversos aspectos”, conclui.