Mauro Picini Programe-se 22/07/2022

Perpetuidade da Empresa Familiar: o diabo está nos detalhes

Juliana Biolchi – Advogada

Por Juliana Biolchi, diretora da Biolchi Empresarial
Há tempos já virou consenso a importância e a pujança dos negócios familiares, assim como sua vulnerabilidade e o aumento do grau de mortalidade, principalmente por questões de relacionamento e transições geracionais mal conduzidas.
A empresa familiar guarda algumas peculiaridades, em especial quanto às dinâmicas comportamentais, que não podem ser capturadas por indicadores econômicos e financeiros. Serão percebidas neles, sim, mas como sintomas, sem que se dê a necessária visibilidade às causas.
Essa realidade, porém, pode ser transformada quando se presta atenção a um aspecto relevante: a existência de sistemas de solução adequada de conflitos em franca operação.
Na teoria dos três círculos, que se consagrou como modelo para entendimento dos negócios tocados por famílias, recomenda-se adotar mecanismos que fomentem o diálogo. Entretanto, não basta que a conversa exista se ela não entrega o mais importante: a superação do conflito. Um modelo eficiente desvinculará a família da dependência da autoridade, e trará maturidade aos relacionamentos, pautando-os pelo respeito mútuo, diversidade e proteção do negócio.
Não basta um acordo de quotistas que dê regras prévias, para determinadas situações (na forma de cláusulas), ou encaminhe aquelas não solucionadas para canais alternativos ao Poder Judiciário (mediação e arbitragem, por exemplo), considerados mais rápidos e eficientes. É na convivência que se criam os pequenos problemas, que, se não superados, arruinarão o negócio – porque o diabo está nos detalhes.
A experiência mostra que não é incomum a completa perda da capacidade de diálogo, a tal ponto de não haver espaço para sequer ouvir o outro (com quem se tem reservas). Perde-se completamente a objetividade, e o pensamento não se molda mais pelo mercado, mas pelas mágoas e memórias que, não raro, nada tem a ver com o negócio. Nesses casos, disputas por afeto são a pauta oculta das reuniões de conselho.
Por isso, entendo que, quando se trata de empresa familiar, o foco não pode estar só em formalizar acordos, mas em fomentar a resolução dos pequenos conflitos, construindo uma cultura de cooperação, com treinamento e direcionamento – porque cooperar não é um talento, mas uma habilidade.
Há, para esse fim, inúmeras ferramentas importantes, cuja aproximação pode ser feita através do desenvolvimento pessoal de cada familiar, inobstante a posição que ocupe no ecossistema.
Afinal, a inteligência necessária para o diálogo maduro e produtivo não se encontra no destino, mas se constrói na jornada.

Juliana Biolchi é advogada, mestre e especialista em revitalização de empresas. É empresária com mais de 25 anos de experiência e palestrante de congressos nacionais e internacionais na área de insolvência empresarial. Diretora da Biolchi Empresarial, Juliana ajuda empresas em dificuldade a se reestruturarem, especialmente através da recuperação extrajudicial. O trabalho é desenvolvido com foco em caixa, revisão de plano de negócios, renegociação de endividamento e planejamento.

Uma Só Família: Prati-Donaduzzi abre as portas para os filhos dos seus colaboradores

Pipoca, algodão doce, brinquedos infláveis, cama elástica e pintura facial. Foi assim que os filhos dos colaboradores que trabalham na Prati-Donaduzzi foram recebidos no último sábado(16). A programação faz parte do projeto Uma Só Família, que tem por objetivo trazer as crianças para conhecerem o ambiente de trabalho dos pais.
O roteiro do passeio iniciou na portaria principal, depois os pequenos visitantes acompanhados de seus responsáveis tiveram a oportunidade de aprender sobre o processo de fabricação dos medicamentos, e em seguida visitaram a praça Arno Donaduzzi.
Estimular os colaboradores a se sentirem à vontade em seu ambiente de trabalho, gerando bem-estar e qualidade de vida é um dos objetivos da indústria farmacêutica. “Passamos a maior parte dos nossos dias no trabalho, criar um local prazeroso para trabalhar contribui para saúde do colaborador e reflete no bom convívio em casa. Com esse projeto conseguimos criar o vínculo afetivo entre a empresa, o colaborador e seus filhos.”, ressalta a supervisora de Responsabilidade Social da Prati-Donaduzzi, Maria Rita Pozzebon.
Maria Rita ainda destaca que essa iniciativa é uma forma de agradecer o colaborador por toda sua dedicação diariamente. “Ficamos felizes por realizar esse projeto e oportunizar essa visitação, além de criar o sentimento de pertencimento aos participantes”.
Para Liberato Brum Júnior, Gerente de Inovação e Pesquisa Clínica que trabalha há 11 anos na indústria farmacêutica, a Prati-Donaduzzi é uma grande família, nada melhor do que essa aproximação. “Meus filhos sempre tiveram curiosidade de conhecer o meu trabalho e de como funciona aqui dentro. Proporcionar esse dia diferente para eles, é criar uma memória afetiva, tenho certeza que jamais irão esquecer desse dia”, conta.


“Foi um momento muito divertido, aprendi várias coisas sobre o processo de produção dos medicamentos, além da importância da Prati-Donaduzzi na nossa cidade. Depois ainda aproveitei para brincar, comer pipoca e algodão doce”, ressalta Julia Lanzanova Brum, filha do Liberato.
Quem aprovou a visitação foi a Cristiane Bortolato da Silva que trabalha no setor da pesquisa. “É importante minha filha conhecer o local onde eu passo maior parte do meu dia, vejo como ela se divertiu e gostou de estar aqui hoje”, destaca a mãe da Isabela Bortolato Gomes.
Mais de 100 crianças participaram do dia especial na Prati-Donaduzzi. Ao final, os pequenos ganharam um squeeze personalizado da empresa.

SOBRE A PRATI-DONADUZZI – A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica 100% nacional, é especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos. Com sede em Toledo, Oeste do Paraná, produz aproximadamente 13 bilhões de doses terapêuticas por ano e gera mais de 4,8 mil empregos. A indústria possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil e desde 2019 vem atuando na área de Prescrição Médica, sendo a primeira farmacêutica a produzir e comercializar o Canabidiol no Brasil.


Fábio, Cassiana e Laura no Restaurante Filezão
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