Mauro Picini Sociedade + Saúde 26/01/2022

Hospital de Alta Complexidade da Unimed será construído no Biopark

Foi anunciado nesta segunda-feira, 17, o projeto de construção de um Hospital de Alta Complexidade da Unimed no Biopark, em Toledo. A parceria entre as duas instituições contempla a doação de uma área de 20 mil m² pelo Biopark e um investimento de cerca de R$ 60 milhões por parte da Unimed. A estrutura deve atender, além da Região Oeste, o Norte, Noroeste e Sudoeste do Estado, incluindo cidades como Pato Branco, Guarapuava e Umuarama.

Trata-se de um modelo de parceria inovadora para a Unimed, conforme explica o Presidente da Unimed Federação Paraná, Dr. Paulo Roberto Fernandes Faria. “Inicia hoje, um caminho inovador dentro de nossas iniciativas de recursos próprios, que é a construção de um Hospital de propriedade de todo o Sistema Unimed do Paraná. Isso é um protagonismo de vanguarda que permeia todo Sistema Nacional”.

A instalação de um Hospital de Alta Complexidade coroa uma área do Parque destinada a um complexo de saúde que já conta com a presença da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com o curso de medicina, e deve receber centenas de clínicas médicas e outros empreendimentos desta área. 

Segundo Luiz Donaduzzi, fundador do Biopark, o anúncio representa a força do Ecossistema para atrair grandes âncoras. “A vinda do Hospital Unimed é para nós um momento de muita alegria. Quando olhamos para tudo que foi feito aqui em cinco anos realmente nós não acreditamos. O Biopark é um território neutro e é justamente em função disso que atraímos a Unimed, então nós temos condições de atrair outros importantes equipamentos regionais. Esse Hospital vai permitir também que tenhamos um bom tratamento, que alunos possam estudar, pesquisadores fazerem pesquisa, então vai trazer todo um desenvolvimento junto com ele”, destaca.

O Hospital terá 40 leitos e mais 20 de UTI e atenderá diversas especialidades. “Ele já nasce com a proposta de atender alta complexidade, pelo número expressivo de leitos de UTI. Esse projeto representa um marco, não somente por sua estrutura física, mas por todo o trabalho realizado em conjunto, entre o Sistema Unimed e o Biopark. Nosso objetivo é iniciarmos os trabalhos no início de 2024”, explica o Diretor-Presidente da Unimed Costa Oeste, Dr. Hiroshi Nishitani.

Para o Prefeito de Toledo, Beto Lunitti, o momento é um marco para a história do Município e de todo Paraná. “São propósitos que convergem, que estabelecem unidades e que fazem mudar territórios. Esse é um momento único, de refletir e compreender que é possível fazer diferente, fazer melhor, é possível fazer com excelência”, ressalta.

A fundadora do Biopark, Carmen Donaduzzi, também enalteceu o momento. “Eu e o Luiz queremos deixar algumas coisas para Toledo e para a população. Já temos a indústria farmacêutica onde produzimos e vendemos medicamentos a preço justo e agora estamos trabalhando no Biopark. Prometemos que iríamos fazer o prédio da Faculdade de Medicina para que o curso continuasse em Toledo, para que as pessoas daqui, para que os filhos de Toledo tivessem acesso a uma Faculdade Medicina e está aí. E hoje nós estamos concretizando mais um compromisso”.

Também estiveram presentes, Dr. Luis Francisco Costa, Diretor da Unimed Brasil, Dr. Adilson Bier, conselheiro-coordenador da Região 4 da Unimed Federação do Paraná, Alberi Locatelli, Diretor da 20º Regional de Saúde de Toledo, e que representou o Governo do Estado, além de autoridades municipais, regionais e estaduais, bem como representantes de toda esfera de saúde. 

As autoridades assinaram um contrato firmando a parceria entre as duas instituições e apresentaram ao público convidado, a grande placa em frente ao terreno onde o Hospital será construído. 

Janeiro branco: entenda seu cérebro e mude seu ano

Nem sempre é fácil ser positivo, mas a ciência já comprovou que sentimentos bons podem te levar mais longe, entenda

Passado o ciclo de comemorações, iniciamos novos períodos e, com eles, pensamentos mais positivos ligados sobretudo à confiança, paz e esperança. Para lidar com um mundo que muda a todo instante, mais do que pensar positivo, precisamos entender melhor como nós funcionamos, o que passa diretamente pelo nosso cérebro, suas capacidades e limitações.

Segundo Livia Ciacci, neurocientista do Supera– Ginástica para o Cérebro, o cérebro é uma máquina de adaptação, e as emoções positivas contribuem muito para manter o corpo em um estado mais relaxado e disposto a explorar o ambiente com curiosidade, além de facilitar a construção de confiança nos relacionamentos interpessoais.

“Cultivar uma mentalidade curiosa sobre a vida é um gatilho importante para alimentar um estado emocional mais positivo. Muitas vezes associamos a satisfação com a vida com uma paz serena e constante, mas a realidade não é bem assim. Na verdade, se tentarmos nos manter extremamente positivos o tempo todo, acabaremos mascarando emoções importantes e cultivaremos um estado estranho que pode culminar em ansiedade”, alertou.

A importância da serenidade

Você já parou para pensar que – mesmo com a necessidade de constante atualização –, o que nos leva mais longe muitas vezes são as nossas emoções e como reagimos ao que nos acontece?

Segundo a especialista, pessoas mais estáveis emocionalmente e mais satisfeitas com a própria vida entendem que as emoções servem como um termômetro que indica o que está acontecendo (e o que vai acontecer) no nosso meio social.

“E o mais importante: elas observam suas emoções e não escondem ou tentam disfarçá-las. Se estão com raiva, sentem a raiva refletindo sobre o que a causou, expressam essa raiva e em seguida escolhem como vão se comportar a partir dali.

Essa flexibilidade psicológica permite maior capacidade de tolerar o desconforto causado por diversas emoções, e é tão importante para a saúde mental quanto cultivar e receber estímulos positivos”, pontou.

Como olhar com mais cuidado para o cérebro em 2022?

Um dos maiores desafios do bem-estar hoje é, sem dúvida, o equilíbrio entre os muitos estímulos externos e a nossa capacidade de lidar com eles, o que não é algo exatamente novo, segundo a neurocientista do Supera – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci.

“Desde os tempos das cavernas nós só podemos prestar atenção em uma coisa por vez. A diferença está no fato de que, hoje, temos muito mais pessoas se esforçando para alternar atenção entre muitas coisas simultâneas. Essa tentativa incessante e eterna – eterna porque ela sempre será uma tentativa, nunca vai dar certo – faz com que fique cada vez mais difícil exercer o controle cognitivo de resistir às tantas distrações interessantes disponíveis – e isso se torna estressante para o cérebro. Por vezes procuramos nos absolver da culpa de um comportamento descontrolado afirmando que hoje temos redes sociais demais, e-mails demais, tecnologias demais…, mas a grande verdade é que nos deixamos levar”, alertou.

A importância da disciplina, concentração e foco

Ainda segundo a especialista, retomar o controle do próprio tempo depende de uma atitude consciente, ligada sobretudo a disciplina. O impacto negativo dos múltiplos estímulos só acontece se o cérebro não tomar as rédeas das escolhas que faz “Precisamos fazer um filtro constante: ‘O que realmente merece minha atenção e o que só vai me atrasar?’ Vou ficar duas horas nos aplicativos de celular ou vou optar por estar presente no jantar com a família?”. A prática de ginástica para o cérebro favorece e estimula as pequenas e constantes escolhas positivas que fazemos ao longo do ano. São essas que vão nos levar mais longe”, pontuou.

Saúde mental e o autoconhecimento

Uma das chaves para ter mais saúde mental é, sem dúvida, o caminho do autoconhecimento. Mais do que conhecer suas emoções ou gostos pessoais, o caminho do autoconhecimento também expõe limitações físicas e pessoais.

Neste sentido o treino cognitivo ou ginástica para o cérebro oferece ferramentas importantes para o desenvolvimento de habilidades sócio emocionais em diferentes faixas etárias.

“Uma vez que entendemos que, quando olho para mim, vejo um mosaico de representações mentais, fica mais fácil identificar como funcionam os pensamentos, quais são as forças e fraquezas, como posso me aceitar e conseguir ser mais gentil consigo mesmo, afinal, qualquer mudança interna só será possível após a autoaceitação e o autoconhecimento. Trabalhar a autoaceitação tem o poder de economizar energia, que seria gasta com brigas internas ou revoltas sem ação, e direcioná-la para realmente melhorar ou desenvolver algum aspecto do seu desejo. Aceitar dói menos sim, e libera o cérebro para se perdoar e buscar evolução”, concluiu Livia Ciacci, neurocientista do Supera – Ginástica para o cérebro.

Janeiro branco – A campanha Janeiro branco tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para a Saúde Mental através de abordagens públicas como palestras e mobilizações. Em janeiro de 2022, por causa da pandemia do Covid-19, a Campanha priorizará espaços abertos e meios online (saiba mais em: janeirobranco.com.br)

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