Mauro Picini Sociedade + Saúde 29/06/2022
Turismo no pós-pandemia: tendências para a retomada da atividade turística
Segundo Isabel Grimm, Coordenadora do Programa de Mestrado do ISAE Escola de Negócios, destinos nacionais e que possam combinar trabalho e lazer são tendência no setor
A pandemia da Covid-19 obrigou o cancelamento de viagens devido ao receio do contágio e em função das restrições sanitárias e de mobilidade implementadas por diversos países e destinos turísticos. Os impactos foram sentidos nas chegadas internacionais de turistas, com redução de 72% em 2020 em relação a 2019. Nas Américas, a queda nos 10 primeiros meses de 2020 atingiu 68%. Quanto a receita cambial turística, houve redução de 64% dos gastos realizados pelos turistas, em âmbito global, de acordo com a Organização Mundial do Turismo.
“O turismo é importante para a geração de trabalho e renda, pois os gastos dos visitantes são convertidos em receita de negócios, retorno de capital e impostos”, explica Isabel Grimm, Coordenadora do Programa de Mestrado em Governança e Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios. No Brasil, de acordo com a FGV (2020), o turismo corresponde a cerca de 3,7% do PIB e responde por 3% do total de empregos.
“O Brasil deixou de receber 4 milhões de turistas em 2020, que resultou em uma queda na arrecadação federal na ordem de 28,5% referente ao setor de turismo”, aponta. Entre as principais Atividades Características do Turismo (ACT), as mais impactadas pela pandemia foram: Alojamento (40,3%), Transporte Aéreo (47,1%) e Agências de Viagens (36%). Já em 2021, o faturamento das empresas alcançou R$ 7,1 bilhões – uma alta de mais de 77% em relação ao ano anterior, mas ainda 44% abaixo de 2019, segundo o Ministério do Turismo.
De acordo com a especialista, à medida que a vacinação contra o coronavírus avança, a demanda, reprimida em virtude do longo período de isolamento social, aumenta a busca por destinos de natureza, lugares mais afastados das rotas tradicionais e que sejam seguros e higiênicos. “Há uma tendência em priorizar as viagens dentro do país ou territórios vizinhos. Está em alta um turismo mais responsável, com viagens flexíveis e que proporcionam experiências diferenciadas”, diz.
Promoções e descontos também se destacam como diferenciais. “A crise financeira tem afetado o poder de compra do consumidor brasileiro, então promoções são sempre bem-vindas”, comenta. Por fim, Isabel Grimm aponta à predileção por viagens que possam combinar trabalho e lazer, visto que o trabalho remoto é uma realidade acelerada pela pandemia que veio para ficar. “Com a reabertura de fronteiras globalmente, o turismo se prepara para a reativação das viagens internacionais, mas no cenário atual a expectativa é de que o turismo internacional retorne aos patamares de 2019 apenas em 2024”, completa.
Consumo de leite em pó cresce 34% no Brasil
País é o segundo maior consumidor de leite em pó no mundo favorecendo investimentos em tecnologia e novos produtos
O leite é um dos alimentos mais completos e versáteis do mundo, podendo ser consumido de diversas formas e em praticamente todas as refeições do dia. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a produção mundial de leite cresceu 1,5% em 2020, comparada ao ano anterior. O leite em pó representa cerca de 20% do total de leite produzido no Brasil. De acordo com dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, o derivado também apresentou crescimento de consumo domiciliar no Brasil – que é o segundo maior consumidor do produto no mundo, atrás apenas da Nova Zelândia. Por aqui, o aumento do consumo do leite em pó foi ainda mais expressivo: em média, 34% entre 2002-2003 e 2017-2018.
Uma característica importante para justificar esse aumento do consumo é o fato de poder ser conservado em temperatura ambiente, sem necessidade de refrigeração. Além de ser utilizado em produtos como bebidas lácteas, o leite em pó também faz parte da composição de biscoitos, chocolates, sorvetes, embutidos, pratos prontos e outros compostos lácteos.
A Unium, marca das indústrias das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, investiu em novas tecnologias para desenvolvimento do produto, visando esse aumento da demanda, e acaba de lançar o Leite em Pó Integral Colônia Holandesa e o Leite em Pó Integral Instantâneo Naturalle, que são comercializados em embalagens de 400 gramas.
“O leite em pó traz mais praticidade e facilidade de logística e comercialização, pois, além de ter maior tempo de vida útil. Os investimentos feitos na industrialização do leite têm se provado uma estratégia acertada, que geram mais valor agregado aos cooperados, possibilitando que continuem ampliando sua rentabilidade”, complementa o Superintendente de Operações Lácteas Cooperativa Castrolanda e da Unium, Edmilton Lemos.
Sobre a Unium – Marca institucional das indústrias das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, a Unium representa os projetos nos quais as cooperativas paranaenses atuam em parceria. Todas as marcas são reconhecidas pela excelência de seus produtos. Entre elas estão: Alegra (carne suína), Colaso, Colônia Holandesa e Naturale (lácteos) e Herança Holandesa (farinha de trigo). Todas as indústrias da Unium cumprem elevados padrões de exigência e são certificadas pelas principais instituições nacionais e internacionais de controle de qualidade.