Mauro Picini Sociedade + Saúde 11/08/2021

As inscrições do Desafio Virtual da Policia Militar terminam no próximo dia 15

A corrida em comemoração aos 16 anos do Batalhão da Policia Militar de Toledo esse ano vai ser diferente, virtual. Para quem gosta desses eventos e estava sentindo falta, poderá participar e ainda respeitar os protocolos de segurança sanitária.

Por conta da pandemia, o 16º BPM, precisou adaptar a programação. “Normalmente tínhamos os jantares e bailes de gala. Em 2019, nós tivemos a primeira corrida noturna, que foi um grande sucesso. No ano passado, já com a nova realidade, nós idealizamos uma revista para contar a história do Batalhão, que completou 15 anos. E agora vamos com o 1° desafio virtual” esclarece o Oficial de Comunicação Social do 19º Batalhão de Polícia Militar, tenente Erivelton Souza Santos.

A Prati-Donaduzzi é uma das apoiadoras do “Desafio Virtual”. Mesmo com as mudanças impostas pela pandemia, a farmacêutica tem incentivado manter a atividade física para cuidar da saúde do corpo e da mente.

O tenente ainda reforça que essa participação é essencial. “Eventos como esse, não acontecem sem que haja esse suporte, além de estreitar a relação entre a iniciativa privada local e a unidade. Sem dúvidas o apoio eleva ainda mais o evento”.

Inscrições
O competidor pode escolher participar de uma ou das duas modalidades: 75 km de bicicleta e 20 km de corrida. Depois de fazer a inscrição o participante terá dez dias para executar o percurso na categoria escolhida e lançar os dados na plataforma ticketagora. As inscrições vão até o dia 15 de agosto.

Responsabilidade Social: a importância de
destinar parte do imposto de renda a entidades

Aprender um curso ou até praticar uma atividade esportiva, são oportunidades que às vezes parecem estarem tão distantes para muitos jovens. Através dos projetos sociais crianças e adolescentes têm a chance de praticar uma dessas atividades, sem pagar nada.

A Ação Social São Vicente de Paulo é uma delas. São 300 crianças e adolescentes que são atendidas diariamente. Mesmo na pandemia elas não ficaram desassistidas, os trabalhos remotos aconteciam, mas principalmente cestas-básicas eram oferecidas todos os meses para as famílias cadastradas.

O professor de música Cleverson Henrique Goettems, diz que a maioria dos alunos não teria condições de pagar um curso de piano, violão, flauta. “É uma chance única de ter contato com a arte. Se não estivessem aqui aprendendo, o que será que estariam fazendo, eu me pergunto isso às vezes, e acho lindo ver como eles valorizam isso e se dedicam”.

O Kauã Henrique, de 15 anos, participa dos projetos há três. Além das brincadeiras, aprende montagem de computador e aula de informática e ainda faz um lanche antes de ir pra casa, rotina diária. “Já estou até triste, porque o tempo de ficar por aqui está chegando quase ao fim, tenho só mais ano que vem. Vou sentir saudades, aprendi muito aqui” explica o aluno.

Para manter tudo isso, além da iniciativa pública é preciso ter adesão das instituições privadas. O Gerente de Marketing da Prati-Donaduzzi Lucas Angnes, esclarece que através do Fundo para Infância e Adolescência – FIA, a empresa destina uma parcela do imposto de renda e varias entidades conseguem ter acesso a esses recursos. “É uma oportunidade de apoiar causas que se alinham com o nosso propósito. Esse valor do imposto de renda iria para o governo, o qual faria a distribuição. Com a destinação ele é revertido para os atendimentos de crianças e adolescentes da nossa cidade”.

O trabalho realizado na instituição é de graça e conta com uma equipe para atender a faixa etária de seis a 17 anos. “Graças a esses recursos, temos a possibilidade de pagar a equipe profissional, comprar os equipamentos e fazer melhorias no local” comemora a diretora e fundadora da entidade Irmã Luíza Menin.

Recursos que ficam em Toledo
A presidente do Conselho Municipal Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) Ivone Laguna, diz que o município de Toledo teria a capacidade de arrecadar até 3 milhões de reais, mas não chega nem à um terço desse valor. Isso porque as empresas quando fazem o imposto de renda, não destinam para alguma instituição. “A gente deixa de ter mais projetos, de atender mais crianças porque muitas não aderem a Campanha Legal do Imposto de Renda. O montante é revertido no atendimento direto às crianças e adolescentes do nosso município, contribuindo assim para a superação das vulnerabilidades sociais enfrentadas”

Pandemia afeta sono dos brasileiros e leva a aumento do consumo de remédios para dormir

Pesquisa aponta que mais da metade das pessoas tem enfrentado noites mal dormidas; nervosismo, ansiedade, tensão e dificuldade no relaxamento são principais reflexos

Saúde mental abalada, má alimentação, uso de bebidas alcoólicas e distúrbios metabólicos são apontados como os principais impactos que causam noites mal dormidas

O estresse causado pela pandemia é o grande responsável pela piora na qualidade do sono de muitos brasileiros. É o que afirma uma pesquisa, realizada pelo Royal Philips, que indicou que 74% dos entrevistados enfrentam problemas de sono. Desses, 50% acreditam que a pandemia afetou diretamente a possibilidade de dormir bem. 47% dos participantes também relataram que acordam no meio da noite. Esse cenário de noites mal dormidas levou a um outro reflexo: o aumento da venda e do consumo de remédios hipnóticos que ajudam a regular o sono. Um crescimento de 20% em 2020, em comparação com o ano anterior, segundo o Conselho Federal de Farmácia.

Para o médico otorrinolaringologista e coordenador de residência do Hospital Universitário Cajuru de Curitiba (PR), Marco César, o estado emocional tem um papel importante na qualidade do sono. Outros fatores que também podem impactar o momento de dormir são: a má alimentação, o uso de bebidas alcoólicas e os distúrbios metabólicos, como alterações hormonais. Estudos já mostram que a qualidade da alimentação e a moderação no consumo de álcool foram justamente dois hábitos que mudaram durante a pandemia.

“Quando pensamos em um corpo saudável precisamos pensar em três grandes pilares: o primeiro é a alimentação saudável, o segundo é atividade física e, por fim, o descanso. Então, o sono é o momento de recuperação do organismo, com a eliminação de alguns hormônios que permitem a regeneração dos grupos musculares. E no sono profundo descansamos nossa mente e recuperamos nosso estado emocional”, afirma o médico. Insônia, ronco, apnéia do sono, narcolepsia, sonambulismo e síndrome das pernas inquietas são alguns dos distúrbios de sono mais comuns entre a população.

Sentimentos de nervosismo, ansiedade, tensão e dificuldade no relaxamento são apontados como os principais impactos provocados pela pandemia. Além disso, a maior exposição às telas de computadores e celulares, devido à necessidade de adaptação do trabalho ao modelo remoto, também pode ser um dos causadores do crescimento de relatos de noites mal dormidas. “O celular, a televisão, os tablets acabaram se tornando uma extensão do nosso próprio corpo. A luz azul emitida pelos aparelhos acaba inibindo a eliminação da melatonina, que é o hormônio liberado para induzir e manter o sono”, enfatiza.

Outro problema que deve ser levado em conta diz respeito aos distúrbios do sono e outros agravantes que eles podem acarretar. “Esses problemas do sono podem acabar levando a doenças degenerativas do sistema nervoso central. O paciente pode começar com alterações de memórias, distúrbios de relacionamentos e de comportamento, com crises de ira, por exemplo”, afirma o otorrinolaringologista.

Saúde mental
Para melhorar a qualidade de sono, o psicólogo do Hospital Universitário Cajuru, Sidnei Evangelista aposta no fortalecimento da saúde mental. “É o estado de bem estar que faz o indivíduo conseguir ser produtivo, realizar as suas habilidades e se recuperar do estresse causado pela rotina. Agora, na pandemia, é importante se atentar ainda mais a isso. A procura de um profissional de saúde que possa escutar e sugerir pontos importantes de análise que irão aliviar de certa forma a tensão, ou minimizar os danos, é fundamental”, explica.

Esse acompanhamento profissional também é destacado pelo médico Marco César para evitar casos de automedicação e receber as orientações indicadas a cada pessoa. “Dentro da possibilidade de cada um, é necessário tentar manter uma alimentação mais saudável, fazer algum tipo de atividade física, dando preferência às atividades matinais, e evitar bebidas alcoólicas perto do horário de dormir”. A moderação também vale no que se refere aos perigos das telas de celulares, computadores e televisões. “Nunca leve o celular, nem assista à televisão na cama. O seu corpo tem que entender que ao se deitar, você vai dormir”. O especialista ainda alerta que, se mesmo seguindo essas orientações, os distúrbios do sono persistirem, é essencial procurar ajuda médica.

...
Você pode gostar também

Comentários estão fechados.