Com inflação e Ômicron, analistas cortam previsões para economia dos EUA
Analistas consultados pelo The Wall Street Journal, este mês, reduziram suas expectativas de crescimento dos EUA no primeiro trimestre em mais de um ponto porcentual, para uma taxa anual de 3% – de 4,2% na pesquisa de outubro.
A combinação de inflação mais alta, restrições na cadeia de suprimentos e a variante Ômicron, que se espalha rapidamente, também fez com que os economistas reduzissem a previsão de crescimento para 3,3% no ano atual como um todo. Na pesquisa anterior, a projeção era de avanço de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.
A inflação em espiral poderia forçar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a aumentar agressivamente as taxas de juros, arriscando a deflagração de uma recessão. Em média, os entrevistados acreditam que a inflação ao consumidor anual deve desacelerar da taxa de 7% registrada em dezembro para 5% em junho – substancialmente acima dos 3,4% previstos em outubro.
Quase dois terços dos participantes da pesquisa esperam que o Fed eleve juros em sua reunião de política monetária de 15 a 16 de março e continue aumentando-as ao longo do ano. Mais da metade dos analistas espera três aumentos este ano, enquanto quase um terço espera mais de três. Essa é uma mudança dramática em relação à última pesquisa, quando apenas 5% dos entrevistados esperavam um aumento da taxa em março e mais de 40% não esperavam nenhum aumento em 2022.
A pesquisa do Wall Street Journal ouviu 69 analistas e foi realizada de 7 a 11 de janeiro. Nem todos os participantes responderam a todas as perguntas.
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