Com investimento de R$ 21 milhões, Estado renova famílias atendidas pelo Cartão Comida Boa
O Cartão Comida Boa, programa de transferência de renda que oferece R$ 80 mensais por família para a compra de alimentos e itens de necessidade básica em estabelecimentos conveniados ao Governo, entrará em uma nova etapa nesta segunda-feira (28). Com a mudança, das 90 mil famílias contempladas pelo benefício, 61.491 novas serão atendidas. Até o momento, o investimento total no programa foi de R$ 21,5 milhões.
As novas famílias beneficiadas ficaram de fora da primeira etapa do programa, iniciada em dezembro de 2021, e vão ocupar o lugar das que deixaram de receber o recurso. Antes, o programa era um complemento ao Auxílio Brasil, programa de transferência de renda do Governo Federal. Agora, ele é voltado apenas para quem não recebe o benefício federal.
“O Cartão Comida Boa é um projeto social que atende 90 mil famílias humildes no Paraná, dando segurança alimentar para esses paranaenses”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Cada família recebe um cartão com um crédito para ir ao supermercado, na mercearia mais próxima da sua casa, e pode fazer uma compra de mantimentos básicos”, afirmou.
O secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, destaca que, com a substituição, o objetivo é atender aqueles que mais precisam. “O programa começou como um auxílio emergencial, durante a pandemia, e agora é permanente. Serve como um socorro para as famílias que estão em estado de pobreza e extrema pobreza”.
A seleção dos beneficiários terá como base o CadÚnico, registro que permite ao Estado saber quem são as famílias de baixa renda. A cada três meses, é feita uma atualização da lista dos inscritos e aquelas famílias que conseguem entrar no programa do Governo Federal, o Auxílio Brasil, são substituídas por outras que estão na fila de espera.
O PROGRAMA — O Comida Boa é um programa do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf). A distribuição dos cartões é feita pelos órgãos de assistência social das prefeituras de cada município. O principal objetivo é contribuir para a erradicação da pobreza, garantir a segurança alimentar e a redução da desigualdade social no Estado.
“Recebi o Cartão Comida Boa em 2020, durante a pandemia. Ajudou muito porque as coisas eram mais em conta, dava pra fazer uma compra boa. Comprava sempre alimento, feijão, arroz, trigo. As crianças se atrasaram muito nas escolas porque a gente mudava bastante o pra conseguir o alimento para não perecer”, contou Roseni Batista Demenjon, 43, moradora da Vila Santana, em Prudentópolis, no Centro-Sul, mãe de dois filhos, um de 9 e outro de 4 anos.
Na etapa de 2021, iniciada em dezembro, as regionais de Curitiba (19.994), Londrina (11.422), Ponta Grossa (3.452) e Maringá (5.090) foram as que distribuíram mais cartões. Elas compreendem as áreas mais populosas do Estado. Alguns municípios já entregaram tudo o que receberam, com 100% de atendimento.
As famílias que já estão com seu cartão em mãos estão ajudando a movimentar o comércio local. Até o momento, foram gastos cerca de R$ 15,6 milhões em compras de alimentos, produtos de higiene e limpeza e outros itens de necessidade básica. As compras podem ser feitas em qualquer estabelecimento comercial cadastrado no programa.