Com novas desistências, projeto da Superliga Europeia desmorona em três dias
Mas o presidente da Juventus, o empresário Andrea Agnelli, admitiu nesta quarta-feira que o projeto da Superliga não deve prosseguir. “Para ser franco e honesto, não. Evidentemente esse não é o caso”, disse o dirigente ao ser perguntado sobre a continuidade dele. “Continuo convencido da beleza daquele projeto, do valor que teria desenvolvido para a pirâmide, da criação da melhor competição do mundo, mas evidentemente não. Não acho que esse projeto ainda esteja em pé”.
O presidente da Juventus, que renunciou ao cargo de presidente da Associação de Clubes Europeus, era um dos artífices da proposta e virou alvo da Uefa, entidade que comanda o futebol europeu. O presidente da Uefa, o esloveno Aleksander Ceferin, chamou Agnelli de “cobra e mentiroso” na última segunda-feira, dia seguinte ao anúncio dos planos da Superliga.
“Nos falamos no sábado e Agnelli disse que os boatos sobre a Superliga eram apenas boatos. Depois não me atendeu mais”, disse Ceferin em entrevista ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport, acusando o compadre de jogo duplo. “Agnelli é uma das minhas maiores decepções, de fato a maior. Eu nunca vi uma pessoa que poderia mentir assim o tempo todo, é realmente incrível”, completou.
Ao anunciar a sua saída do projeto da Superliga Europeia, o Atlético de Madrid disse que “a harmonia é essencial” entre o clube e a torcida e acrescentou que a equipe titular e o técnico argentino Diego Simeone apoiaram a decisão porque “o mérito esportivo deve prevalecer sobre qualquer outro critério”.
No seu comunicado oficial da desistência, a Internazionale afirmou estar “empenhado em oferecer aos torcedores a melhor experiência futebolística”, acrescentando: “Nosso compromisso com todas as partes interessadas para melhorar a indústria do futebol nunca mudará”.
Horas depois, o Milan seguiu o mesmo caminho, oficializando a sua saída – que já era esperado desde segunda-feira. O tradicional clube italiano indicou que aceitou o convite para a liga pensando em “oferecer a melhor competição europeia possível” para o os torcedores, mas que voltou atrás pela reação dos apaixonados pelo esporte. “As vozes e as preocupações dos fãs de todo o mundo foram claramente expressas sobre a Superliga e o Milan deve ser sensível à voz daqueles que amam este esporte maravilhoso”, destacou.
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