Comissão Técnica de Aquicultura debate desafios da cadeia do peixe

A Comissão Técnica de Aquicultura do Sistema Faep/Senar-PR debateu em reunião virtual, nesta terça-feira (24), os desafios que precisam ser superados para manter a cadeia de peixes em crescimento no Estado. Atualmente, o Paraná é o maior produtor de tilápia do Brasil, tendo gerado R$ 1 bilhão em Valor Bruto de Produção (VBP) Agropecuária. A taxa de crescimento anual projetada para os próximos três anos é de 20% ano, ou seja, em 2025, o VBP deve chegar próximo dos R$ 2 bilhões, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seab).

Essa taxa de crescimento, no entanto, está ameaçada, como enfatizou o presidente da CT, Edmilson Zabot. “Por mais que seja uma cadeia antiga no Oeste, dentro do agronegócio em geral a produção de peixes tem uma expansão relativamente nova, que está buscando o seu lugar. É uma atividade que vem crescendo muito e os problemas estão aparecendo de todos os lados, de ordens econômica, sanitária e de infraestrutura. Agora mesmo, temos uma grande preocupação com o custo da energia elétrica, que está levando produtores a pensarem até em abandonar a atividade”, alertou.

Além da rodada de conjuntura, na qual os participantes expuseram a situação da piscicultura em seus respectivos municípios, técnicos do Sistema Faep/Senar-PR atualizaram as questões envolvendo benefícios na tarifa de energia elétrica. Os produtores rurais relataram que há inúmeros empreendimentos com dificuldades em manter as contas em dia. Há casos até mesmo de pecuaristas que precisam renegociar os boletos.

Outro ponto que teve atualizações por parte de técnicos do Sistema Faep/Senar-PR foi a questão dos licenciamentos ambientais e outorga da água. Alguns produtores estão com dificuldades para obter esses documentos, o que interfere na obtenção de financiamentos e/ou subsídios. O andamento de mobilizações junto a autoridades parlamentares estaduais e federais foi apresentado, com espaço para os líderes rurais tirarem dúvidas e apontar novas demandas de atuação.

CURITIBA

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