Os membros do Comitê de Investimentos do Fundo de Aposentadorias e Pensões dos Servidores Públicos de Toledo (ToledoPrev) analisaram a manutenção de recursos investidos em Fundos de Renda Variável em uma reunião realizada no dia 6 de janeiro. O objetivo é analisar a manutenção ou a viabilidade de resgate de recursos investidos nestes Fundos. Outros assuntos foram abordados no encontro. A ata da reunião foi publicada no Diário Oficial de Toledo, na última quinta-feira (13).
De acordo com a diretora Roseli Fabris Dalla Costa, a performance dos Fundos nos últimos dois anos mudou. “No início de 2020, os fundamentos econômicos para estes setores eram de crescimento, no entanto com a pandemia da Covid-19 vem apresentando resultados negativos”.
Ela ressaltou que em um cenário prospectivo para 2022, principalmente para a Construção Civil, será um ano difícil diante de um ambiente de alta da taxa de juros, dada a sensibilidade do investidor ao aumento da taxa de juros e créditos mais limitados, gerando dois efeitos, demanda menor por imóveis e aumento de distratos.
Em relação ao consumo, Roseli explicou que depende especialmente da mobilidade e do poder de compra de cada cidadão. “A economia não voltando a sua normalidade, vai impactar nos empregos das pessoas”.
CAUTELA – Diante deste contexto citado por Roseli durante a reunião, os membros do Comitê de Investimentos demonstraram preocupação ao consultor financeiro, Ronaldo Oliveira. A apreensão está relacionada quanto a seguir com os investimentos ou realocar os recursos. Neste sentido, Oliveira disse que compreendia a preocupação e o desejo do Comitê em resgatar dos fundos de ações que vêm apresentando resultados insatisfatórios.
Ele ainda explica que, para cada um dos fundos, como o ToledoPrev investiu mais dinheiro do que possui hoje, devido a toda desvalorização das ações que se encontram dentro dos fundos de renda variável, não é possível efetuar o resgate dos fundos que estão negativos. Oliveira pontuou que por um lado, o ToledoPrev não terá prejuízo, saindo com menos dinheiro que entrou e, por outro lado, uma vez que estiver fora do fundo, quando houver a recuperação, a retomada da economia, o Fundo não conseguirá buscar a recuperação, pois não será mais cotista dos fundos.
Sobre aplicar mais nos fundos de ações quando a bolsa estiver caindo, para ir fazendo um preço médio, Oliveira destacou que o melhor seria aguardar, “considerando que há consenso entre os membros do Comitê, quando todos ainda enxergam que o cenário é mais pessimista do que otimista, ou seja, a Bolsa tem chances de cair ainda mais”.
Após a análise do cenário atual, os membros do Comitê de Investimentos foram favoráveis pela manutenção dos recursos investidos nos fundos e realizar o monitoramento da performance de cada um.
A reunião ainda teve como pauta o Credenciamento da Instituição Gestor de Fundos de Investimentos, Caixa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. e convalidar o credenciamento de fundos de investimentos da instituição administradora Caixa Econômica Federal e Gestor CAIXA DTVM.
Após verificar o atendimento dos critérios exigidos para o credenciamento conforme o edital de credenciamento 001/2021 do ToledoPrev, o Comitê de Investimentos aprovou sem objeções o credenciamento em análise. Além disso, também aprovou a documentação e os Termos de Análise de Fundos de Investimentos, que após verificado o atendimento dos critérios de credenciamento exigidos pelo Comitê de Investimentos a convalidação do credenciamento para os Fundos de Investimentos apresentados.
Da Redação
TOLEDO
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