Compras em aplicativos crescem 40% e novo público surpreende
Imagem de JESHOOTS-com em Pixabay
Depois que o comércio foi forçado a fechar as portas, por conta da pandemia, era esperado que os consumidores migrassem para outro meio: o digital. Afinal, pela internet, não é necessário sair de casa, enfrentar filas nem aglomerações para encher as sacolas de compras.
O resultado pode já ser observado nas pesquisas. Segundo este levantamento do App Annie Intelligence, o mundo gastou cerca de R$ 160 bi em compras on-line. Isso representa um aumento de 40% em relação ao mesmo período de 2020.
Efeitos da pandemia e expectativas para o futuro
Apesar de o aumento das compras digitais indicarem um dos efeitos da pandemia, esse comportamento promete se estender para os próximos anos. Mesmo quando a pandemia tiver passado por completo, a expectativa é que o público continue buscando e comprando pela internet. Isso não quer dizer que as lojas físicas perderam forças. Porém, pode haver uma divisão do consumo.
Para determinados produtos, os consumidores podem preferir ir até os estabelecimentos. Até porque, a questão do tempo ainda é uma vantagem importante das lojas físicas. Em geral, os e-commerces entregam em pelo menos dois dias. Muitas vezes, as pessoas não podem esperar e, por isso, é melhor fazer a compra de maneira presencial.
No entanto, na internet, o público pode ser mais cauteloso e pesquisador, inclusive no que se refere à comparação de preços. Como em poucos cliques as pessoas podem acessar vários estabelecimentos, é possível saber exatamente onde está mais barato. No comércio tradicional é mais difícil, já que para comparar os preços é necessário entrar em várias lojas – o que demanda tempo e paciência.
Novo público na internet
Apesar de oferecer várias vantagens, as compras digitais ainda não eram adotadas por todas as pessoas. Seja por insegurança ou desconfiança de colocar dados de cartão de crédito, parte dos consumidores não comprava dessa forma.
Por terem vivenciado mais do universo offline, os mais velhos eram os mais resistentes. No entanto, isso parece ter mudado depois da pandemia. No Portal Kimbino, onde há panfletos digitais de diferentes marcas e empresas, cresceu em 20% o número de acessos de pessoas com mais de 45 anos no primeiro trimestre deste ano. “É interessante porque esse público sempre gostou de comparar preços e agora pode fazer isso pelo celular”, afirma a gerente de comunicação Kristina Cveckova da empresa Kimbino.
O portal é um exemplo de iniciativa que já contempla pessoas mais velhas. No Kimbino, é possível acessar encartes de lojas conhecidas e até mesmo de mercados. Na parte de promoções do Carrefour, por exemplo, o consumidor consegue saber os preços de produtos, como carne, salsicha, ovo, queijo e muito mais.
Esses folhetos são interessantes, porque têm o mesmo formato dos físicos. Como as pessoas já estão acostumadas com o formato, é mais fácil de elas entenderem como os digitais funcionam, o que garante praticidade do dia a dia.
A pandemia mudou vários comportamentos – e o das compras não poderia ficar de fora disso. Enquanto o crescimento do uso de aplicativos cresceu 40%, houve também um aumento do número de idosos nessas plataformas.
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