Comunidade do Germano Rhoden protesta contra mudança

O desabafo da aluna Camille Vitória, do 8º B, resume bem o sentimento de indignação que tomou conta da comunidade do Colégio Estadual Irmão Germano Rhoden, na Vila Paulista, que se reuniu na noite de quarta-feira (8), na quadra da escola, para protestar contra a notícia do fechamento do colégio e a transferência dos alunos para o Colégio Estadual Attílio Fontana, conforme

“Ninguém esperava por isso. Foi a melhor escola que já estudei. Estou aqui pelos alunos porque estamos sofrendo com isso”. O desabafo da aluna Camille Vitória, do 8º B, resume bem o sentimento de indignação que tomou conta da comunidade do Colégio Estadual Irmão Germano Rhoden, na Vila Paulista, que se reuniu na noite de quarta-feira (8), na quadra da escola, para protestar contra a notícia do fechamento do colégio e a transferência dos alunos para o Colégio Estadual Attílio Fontana, conforme mostrou o JORNAL DO OESTE.

As professoras Dayane Gracite (diretora) e Silvana Sanches (diretora auxiliar) destacaram que o encontro foi a forma de conversar com toda comunidade escolar e lembraram que isso sim é democracia e educação. “Aqui ensinamos os alunos a serem protagonistas de suas vidas. Há 2 anos com ensino em tempo integral. Ensinamos a terem um projeto de vida. A irem atrás dos seus sonhos”, destacou a professora Dayane, lamentando o que chamou de “decisão arbitrária e que desrespeita a comunidade”. O objetivo do encontro foi, de acordo com as professoras, mostrar o que está acontecendo “porque nunca tomamos decisões sozinhas”, ressaltaram.

DESINFORMAÇÃO – A professora Silvana Sanches esteve semana passada em Curitiba e já sabia da mudança. Ela ressaltou, entretanto, não ter havido qualquer comunicação por parte do Núcleo Regional de Educação. “Fomos os últimos a saber e sequer fomos consultados”, afirmou a professora que enalteceu o momento democrático como “uma voz alta em luta pela democracia e pela verdade” e que 30 anos de história do colégio não podem ser apagados dessa forma.

“Temos de ter planejamento porque somos competentes, porque somos professores. Neste caso fomos traídos, enganados porque ninguém teve a hombridade em nos consultar ou informar”, acrescentou.

As duas lembraram ainda que, durante a campanha eleitoral, o prefeito Beto Lunitti havia se comprometido a não fechar o colégio e que não queria a escola no Pinheirinho porque iria criar ali um centro educacional. O Germano Rhoden, graças ao crescimento no Ideb, foi contemplado com uma verba para a construção de uma nova sede que, em princípio, seria no bairro Pinheirinho. “Mas levamos uma facada nas nossas costas. Nós temos vergonha na cara e chamamos a comunidade para a luta porque não vamos aceitar caladas essa calamidade política”, resumiram as professoras.

LUTA – A professora Dayane que o pior é a falta de informação por parte de todos os envolvidos, tanto do Governo do Estado, através do NRE e da SEEDm bem como pela Prefeitura de Toledo. Segundo ela, no dia 20 de outubro houve uma reunião sobre o georreferenciamento das escolas e não foi feito qualquer comunicado sobre essa mudança. “Ué estava tudo certo, agora sentam e conversam e agora será fechado”, questionou Dayane.

“Não estamos dizendo que não vamos sair. Mas queremos sair na hora certa e com planejamento”, emendou Silvana Sanches, citando ainda a antiga unidade do Sesi, na Grande Pioneiro, que está parada. “Temos saída, mas a prioridade é estudar perto da casa de vocês”, afirmaram as professoras que citaram ainda que muitas famílias, se quisessem, poderiam matricular os filhos para estudar em outra escola. “Temos fila de espera. Muitos saem de outros bairros para estudar na Germano porque tem um diferencial. Nossos sonhos não estão sendo respeitados”, finalizaram as professoras.

Um abaixo-assinado está sendo organizado como forma de protesto. E o aviso foi dado: a comunidade seguirá lutando!

Márcio Pimentel

Da Redação

TOLEDO

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