Consumo em restaurantes cai 7,6% em novembro ante novembro de 2020
“Alguns fatores tendem a prejudicar o fluxo e faturamento dos restaurantes. A alta nos preços de bens e serviços, a queda na renda e do poder de compra das famílias, as mudanças permanentes nos hábitos e na rotina de trabalho de consumidores, além das incertezas sobre o futuro da pandemia e da economia”, analisa o presidente da Alelo, Cesario Nakamura.
Ainda de acordo com os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR), houve baixa de 2,7% na quantidade de vendas e de 6,6% no número de estabelecimentos que efetivaram ao menos uma transação no mês de novembro. Por outro lado, os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) registraram aumento de 3,4% e de 1,1%, respectivamente, nas mesmas competências.
Período pré-pandemia
Em comparação com o período pré-covid, em novembro de 2019, o ICR apurou quedas nos três indicadores em novembro; de 28,7% no faturamento, 43,8% na quantidade de vendas e 7,5% no número de estabelecimentos com pelo menos uma transação.
O ICS também apresentou recuo na quantidade de vendas (-10,9%), mas avanços em faturamento (2,5%) e estabelecimentos com pelo menos uma transação (0,8%).
Os últimos resultados evidenciam que as diferenças entre o comportamento do consumo em supermercados e restaurantes têm se prolongado para além do fim das restrições sanitárias, mesmo com o avanço notável da campanha de vacinação no País, na avaliação de pesquisadores da Fipe. “O cenário de encarecimento do crédito, aumento da taxa de juros, endividamento e inadimplência é prejudicial para o varejo em geral e pode impactar negativamente também os supermercados”, diz a fundação, em nota.
A região Centro-Oeste registrou a maior redução do valor gastos em restaurantes entre novembro de 2019 e o mesmo mês de 2021, com queda de 31,3%. Houve recuos em todas as regiões do País; de 29,8% no Sul, 29,1% no Nordeste, 28,4% no Sudeste e 25,6% no Norte.
O Piauí (-40,3%) foi a unidade federativa mais impactada negativamente na comparação com o nível pré-pandemia, seguido por Distrito Federal (-38,0%), Rio de Janeiro (-37,2%), Rio Grande do Sul (-36,1%), Ceará (-33,6%), Minas Gerais (-32,9%), Bahia (-31,9%) e Amazonas (-31,8%).
Em movimento contrário, o Acre (25,9%) apresentou o maior aumento no período. Roraima (+4,9%) e Rondônia (+3,4%) também avançaram na comparação.
O ICR considera a evolução do consumo de refeições prontas em restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, deliveries e retirada para viagem. Já o ICS acompanha as transações em supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros. Ambos os índices são baseados em operações realizadas com cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição.
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