Correção: Dr. Jairinho foi o 28º vereador mais votado do Rio

Atenção senhor (a) editor (a): esta retranca substitui a anterior que continha a (s) seguinte (s) incorreção (ões).

A nota divulgada anteriormente continua uma informação errada. Dr. Jairinho foi o 28º vereador mais votado do Rio, não o 16º. Segue nota corrigida.

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O vereador do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, foi preso na manhã desta quinta-feira, 8, no âmbito do inquérito que investiga morte de seu enteado Henry Borel Medeiros, de 4 anos. A mãe do menino e companheira de Jairinho, a professora Monique Medeiros, também foi presa temporariamente. A Polícia suspeita que Henry tenha morrido depois de ser submetido por Dr. Jairinho a uma sessão de torturas, com o conhecimento de Monique.

Jairinho foi o 28º mais votado dentre os 51 vereadores eleitos no Rio no ano passado, com mais de 16 mil votos. Eleito pela primeira vez em 2004, é figura conhecida do Legislativo carioca e filho de um ex-deputado estadual, o policial Coronel Jairo (PSC), que ficou na Assembleia Legislativa de 2003 a 2018.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na manhã desta quinta o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) e a professora Monique Medeiros em investigação pela morte do menino Henry Borel Foto: Reprodução / TV GLOBO

Integrante do Conselho de Ética, a vereadora Teresa Bergher (Cidadania) anunciou que vai pedir ainda nesta quinta o afastamento dele da Casa; o colegiado se reúne às 18h. “Precisa ser afastado imediatamente. Pela imagem da casa, pela credibilidade de cada um de nós vereadores e por respeito a esta criança vítima de um cruel assassinato e a toda a população que representamos”, disse ela.

O vereador chegou a ser líder do governo de Marcelo Crivella (Republicanos) na legislatura passada. O pai, por sua vez, foi preso em 2018 pela Operação Furna da Onça, suspeito de receber mesada para aprovar projetos de interesse do governo de Sérgio Cabral (MDB).

O reduto eleitoral do parlamentar e do pai sempre foi Bangu, na zona oeste do Rio, e seu entorno. Eles são, inclusive, apontados como envolvidos com milicianos. A equipe de reportagem do jornal O Dia que foi torturada pela milícia na Favela do Batan, no bairro vizinho de Realengo, em 2008, já afirmou que pai e filho estariam naquela sessão de tortura. Os desdobramentos da investigação não foram suficientes para indiciá-los.

Foi em Bangu que a polícia encontrou Jairinho nesta manhã, apesar dele ter morado por anos na Barra da Tijuca, bairro nobre da zona oeste – onde, inclusive, Henry morreu.

Poucas horas antes da prisão, por volta da meia noite, o pai de Henry publicou um vídeo do menino nas redes sociais com legenda emocionada.

“Henry, 30 dias desde que te dei o último abraço. Nunca vou esquecer de cada minuto do nosso último final de semana juntos. Deixar você (com a mãe e Jairinho) bem, cheio de vida, com todos os sonhos e vontades de uma criança inocente. Desculpe o papai por não ter feito mais, lutado mais e protegido você muito mais”, escreveu.

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