Corrida Solidária incentiva a empatia e emociona atletas, amigos e familiares
A Corrida é uma atividade – fisicamente – desafiadora para o corpo humano e para a mente. Correr mexe com as emoções. Felicidades, satisfação, otimismo, entusiasmo e determinação são sentimentos despertados nos corredores em cada prova ou treino. E essas emoções costumam ir além dos citados. Sim, a corrida tem o seu próprio sentimento: a solidariedade. Ser solidário para incentivar; ser solidário para acompanhar; ser solidário para alcançar um copo de água ou aguardar na linha de chegada. Quando o assunto é solidariedade, a população de Toledo é exemplo. No final de semana, mais um show à parte das pessoas aconteceu durante a 4ª edição da Corrida Solidária. Promovida pela Associação Correr Toledo e com o apoio da Itaipu Binacional, as provas infantil, adulto e a caminhada emocionaram amigos, familiares e público em geral.
Com o apoio da Itaipu Binacional, a prova infantil tem sido a sensação para a criançada. Elas se divertem, querem ganhar, brincam, choram, enfim, demonstram suas emoções. Para a presidente da Associação Correr Toledo, Rejane Michels, a Corrida Solidária encerra o ‘leque’ de provas promovidas pelo grupo. “O seu nome já diz tudo; ela fecha o ano para iniciar um novo ciclo em 2022. O objetivo da Associação Correr Toledo é despertar sentimentos bons nas pessoas. As provas estavam perfeitas e cada uma com o seu diferencial. O grupo organizou tudo com amor e carinho. Falhas ocorrem, porém elas são aprendizagens para melhorias no futuro. Foram dias intensos para a equipe. A Correr Toledo trabalhou muito”. E os sentimentos de Rejane são gratidão e humildade.
ENTUSIASMO – Um grupo cheio de sentimento é o da criançada. Os pequenos abrilhantaram a Corrida Solidária. Deram um show de simpatia e de desenvoltura na pista. Eles sorriram, choraram, brincaram e foram solidários. As inscrições são gratuitas, porque a Associação tem o patrocínio e mantém a parceria com a Itaipu Binacional, a qual oferece essa possibilidade. No entanto, as crianças doaram caixas de leite para o Hospital Bom Jesus. “Quando as crianças entram na pista, a emoção é certa. Elas correm com garra e determinação. Se elas ganham ficam felizes e se perdem também estão contentes. O único desejo delas é finalizar a prova. O sentimento de vitória é algo puro”.
Rejane menciona que a categoria especial emocionou aos participantes. “Nós queremos ver todas as pessoas realizando uma atividade física. Nós corremos e incentivamos essa prática; se alguém optar por outra modalidade que a pratique com amor e dedicação”.
MAIS SAÚDE – Promover a saúde e aliar com a corrida de rua é um dos objetivos da Associação Correr Toledo. Segundo uma das integrantes do grupo e organizadora das provas, Sandra Schossler, os eventos da Associação servem para estimular a prática da corrida e para cada atleta se manter em treinamento. “As pessoas se movimentam mais quando estão próximas ao evento. A Associação faz um trabalho sensacional! É um compromisso assumido perante a Corrida de Rua. Organizar uma prova é complexo, mas é um trabalho voluntário e gratificante, porque a contrapartida para a sociedade é social, econômica e saudável”.
Sandra destaca que a prova demanda tempo, preparação e trocas. “Nós trocamos um tempo ocioso pelo sorriso de um atleta adulto, pela alegria da criança, o entusiasmo de pais e familiares. Esse é o nosso retorno”.
Ela ainda salienta que a Corrida Solidária colabora com a entidade e a Associação Correr Toledo oportuniza que cada pessoa possa se doar e doar algo. “O nosso trabalho supera as pistas e chega em diversos lares de Toledo e da região”, conclui Sandra.
Planejamento
Caroline Rosin começou a conhecer o mundo da corrida em 2018. Com 15 anos, ela participa da Associação Correr Toledo. Nesta edição, da Corrida Solidária, a atleta competiu nas provas infantil no sábado (18) e no adulto (19). “Eu já percorro quilômetros maiores e mantenho um planejamento para sempre melhorar. Hoje [sábado] conquistei o primeiro lugar”. Ela conta que um dia viu a atleta Sandra correndo na rua e com a camiseta do grupo. “Pesquisei na internet o trabalho do grupo e passei a acompanhá-lo. Após dois meses, integrantes da Correr Toledo visitaram a Escola Municipal João Cândido, onde eu estudava e explicaram sobre o ToleAtletismo. Neste dia, decidi entrar no projeto e hoje corro, praticamente, todo o dia”. Caroline comenta que correr requer dedicação. “Realizo um treino específico para cada competição”. Para a atleta, a corrida melhorou a concentração. “Nós devemos nos concentrar na atividade que realizamos naquele momento e esquecer do restante. Hoje [sábado], a prova foi muito quente. Estava muito calor. As subidas em dias nublados são fáceis, mas com sol, elas são difíceis. Tentei ultrapassar um menino, mas não consegui e caminhei por uns 100 metros. Mas consegui obter um bom resultado”. Caroline pontua que ao planejar a sua vida, ela realiza cada apontamento por um determinado tempo, sejam semestral ou anual. “Neste semestre, a minha meta era correr a prova de cinco quilômetros com os adultos e consegui. Até o final do próximo ano, quero competir os dez quilômetros com os adultos”.
Incentivo
Com 14 anos, Vitor Antônio Bremm de Souza conquistou o primeiro lugar em sua categoria. É a terceira vez que ele participa de uma prova de corrida de rua. Ele disse que a prova foi difícil, porque estava muito quente, porém conseguiu superar a condição climática e se consagrar campeão. “Eu tinha a noção que poderia ganhar, porque larguei bem e me esforcei até o final”. No cotidiano, ele anda de Skate e prática Karatê e sua mãe Elisa conta que foi o pai o responsável por realizar a inscrição do filho. “No começo, Vitor não queria participar, mas a família conversou, incentivou, falou da importância da prática esportiva e ele aceitou. Mãe sempre fica com o ‘coração na mão’. Porém sei, que a prática de uma atividade física é fundamental para o corpo e a mente do meu filho. O esporte é essencial para o desenvolvimento de qualquer pessoa. O esporte é a melhor atividade para a nossa saúde e desenvolvimento pessoal”.
Felicidade
A atleta Fabíola Francisco da Silva vivenciou a felicidade de Fabíola, a sua sobrinha de dez anos. A menina subiu ao pódio e para a tia foi um momento importante. “Eu tive o sonho de correr e lutei por ele. Comecei a fazer uma corrida mais leve. Aos poucos, fui treinando e melhorando. Atualmente, participo de provas e tenho como objetivo conclui-las e, quando possível subir ao pódio”. Francisca era só alegria na prova da sobrinha e disse que estava preparada para participar da prova dos adultos. “Correr me proporciona felicidade. Eu me sinto leve e consigo espairecer a minha mente. Desejo que a minha sobrinha também possa ter esses sentimentos ao correr. Vou continuar a incentivando a praticar essa modalidade”.
Respeito
A segunda da esq. p/ a dir., a secretária Municipal de Esporte e Lazer Marli Gonçalves Costa destaca que o esporte é sinônimo de respeito e promove o respeito entre as pessoas. “No período da pandemia do novo coronavírus, as atividades esportivas foram suspensas. Neste momento, acontece o retorno gradual de cada uma e optamos por enfatizar as estruturas abertas em Toledo. A população aderiu e respeita todas as normas ou as regras”. Marli afirma que a Secretaria deveria ter em seu nome atividade física e saúde. “Nós realizamos ações para os esportes de iniciação ou rendimento com todas as faixas etárias, como futebol, basquetebol, voleibol, entre outros. Porém, não são somente eles que promovem a saúde. As atividades funcionais realizadas nas praças promoveram mais saúde para 240 mulheres somente na primeira semana de sua inauguração e as ações são promovidas fora do horário de trabalho de cada uma”. Marli comenta que decidiu realizar intervenção em diversos pontos da cidade para levar mais esporte para a população. “Incentivamos o ciclismo no interior, a corrida de rua, levamos o Programa Idoso em Movimento para os parques e as praças, enfim. Este ano já foi bom e 2022 será melhor, porque o nosso planejamento será anual e muitas novidades estão sendo programadas”.
Da Redação
TOLEDO
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