Covid-19: mensagem por WhatsApp é golpe

É preciso estar sempre atento, desconfiar e não passar nenhum dado pessoal quando existe a suspeita de golpe. O WhattsApp, ligações telefônicas, envio de e-mails e SMSs são utilizados pelos criminosos. A tentativa de clonagem do número para utilização do aplicativo tem sido um dos golpes mais praticados.

“Recebi uma ligação em que o homem se identificou como sendo alguém do Ministério da Saúde. O motivo da ligação era para coletar informações sobre a Covid-19. Ele fez algumas perguntas referentes a doença e até então estava normal, pois ele não tinha solicitado nenhum dado pessoal como CPF ou RG”, relata a vendedora, Marilia Silva. “Para finalizar a pesquisa ele falou para eu passar um código que tinha enviado para meu celular, quando vi que estava escrito código WhattsApp eu não passei e desliguei a ligação”.

Marilia conta que após desligar ficou aliviada em ter prestado atenção no teor da conversa e não ter repassado nenhum dado pessoal. A vendedora comenta que até o homem solicitar o código WhattsApp, ela não suspeitava que seria um golpe, pois todas as perguntas estavam relacionadas a Covid-19 e seriam informações que ajudariam a compor dados estatísticos, segundo ele.

“Assim que me dei conta de que era um golpe, optei por não indagar a pessoa do outro lado da linha, afinal, era um bandido. Para evitar que outras pessoas caíssem no golpe repassei a situação para os familiares, os amigos e demais grupos que participo nas redes sociais. Fica o alerta para que tenhamos cuidado e atenção”, pontua ao citar que assim que compartilhou a informação outras pessoas se manifestaram dizendo que também tinham recebido esse tipo de ligação, mas que não repassaram o código.

ALERTA PARA NÃO CAIR NO GOLPE – A controladora jurídica do Fonsatti Advogados, advogada Bruna Nesello, salienta que todos devem estar em alerta. Ela cita que mesmo que o golpe do bilhete premiado ainda esteja em evidência, a sociedade vive em uma era de golpes cada vez mais criativos e sofisticados. “Em razão disso, é preciso manter atenção redobrada e uma segurança maior na proteção de nossas dados e informações”.

A advogada orienta que, se apesar de tomar os cuidados pertinentes, a pessoa vir a cair em um golpe, assim que a vítima tiver a ciência do golpe, é primordial que se registre um Boletim de Ocorrência na autoridade policial. Paralelo a isso, é importante registrar uma reclamação perante o site do e-commerce, banco ou financeira, dependendo do caso, e guardar as provas, como prints de tela, e-mails e mensagens recebidas, etc. Além disso, ela recomenda formalizar reclamações em sites de consumidores e também no site do Procon e do Ministério da Justiça.

“Tem uma frase dita pelo matemático londrino, Clive Humby, ‘os dados são o novo petróleo’; uma coisa é certa, quanto mais informações você disponibiliza na internet, maiores são as chances delas serem utilizadas de forma errada.

CUIDADOS COM OS DADOS PESSOAIS – Para minimizar os riscos e proteger, de certa forma os dados pessoais, é preciso ter alguns cuidados especiais, como por exemplo: em relação a senhas fazer mudanças frequentes das contas on-line; ter senhas diversas para aplicativos e contas bancárias; escolher senhas mais complexas; ter mais de um endereço de e-mail caso precise recuperar a senha e não fornecer as senhas para ninguém. É preciso ainda, ter muito cuidado com os dados publicados nas redes sociais. Para esses casos, leia e modifique as autorizações de privacidade e compartilhamento de dados; não disponibilize informações pessoais nas suas redes; escolhe a autenticação em dois fatores e ative avisos de segurança nas contas bancárias, e-mails e redes sociais”, orienta a advogada.

Algumas atitudes do dia a dia podem ajudar a minimizar os riscos, por exemplo, não acessar bancos e redes sociais em rede de computadores ou internet pública, não clicar em links de promoções duvidosas, fazer a conferência em casos de pedido de transferências bancárias via aplicativos de mensagens, manter sempre um antivírus atualizado e optar sempre por formas seguras de pagamento.

PROTEÇÃO

Como estar protegido e evitar cair em golpes? A controladora jurídica do Fonsatti Advogados, advogada Bruna Nesello, destaca algumas dicas simples podem evitar cair em golpes e sofrer prejuízos, tais como: “nunca enviar ou fornecer fotografias de documentos pessoais para terceiros; para evitar golpes com o cartão de crédito, não informar senha ou dados do cartão para terceiros, essas informações são individuais e intransferíveis; desconfie de solicitações de senha por telefone ou e-mail. Essas informações pessoais não devem ser informadas e nem digitadas no telefone; tenha cuidado ao se desfazer de seus cartões. Destruir os chips e triture o cartão; verificar com frequência o seu extrato bancário para evitar surpresas; para evitar golpes na internet, pesquise a idoneidade da empresa; desconfie de promoções mirabolantes; pague com segurança; opte por sites que ofereçam alguma forma de contato com o cliente no pós-compra; para evitar golpes em aplicativos de mensagens, ative a dupla autenticação para confirmação da propriedade de suas conversas; evitar o compartilhamento de senhas pelo aplicativo; evite clicar em links duvidosos e desconfie de grandes vantagens oferecidas”, alerta.

Da Redação

TOLEDO

...
Você pode gostar também

Comentários estão fechados.