Crespo valoriza campanha na Libertadores e fala em ‘reconstrução’ no São Paulo
“É difícil falar depois de uma eliminação, de um 3 a 0 a um rival como o Palmeiras. Chegamos a uma instância que o clube não chegava há cinco ou seis anos”, declarou o treinador argentino. O São Paulo não alcançava a esta fase desde 2016, quando atingiu a semifinal e terminou a Libertadores em quarto lugar.
Desde então, o time ficou fora das duas edições seguintes da competição. Disputou a Copa Sul-Americana em 2017 e 2018 com fracas campanhas. Foi eliminado na primeira e na segunda fases, respectivamente. O retorno à Libertadores, maior objetivo do clube, aconteceu em 2019, mas esteve longe de empolgar.
O time do Morumbi se despediu de forma precoce, ainda na fase preliminar, antes dos grupos, diante do modesto Talleres, da Argentina. Na temporada passada, o começo até foi promissor na principal competição sul-americana, mas a queda também foi frustrante para a torcida, ainda na fase de grupos.
Para este ano, a expectativa era mais alta. O time paulista vinha de grande campanha no Paulistão, onde foi campeão e encerrou jejum de títulos que durava desde 2012. As boas atuações sob o comando de Crespo no Estadual levaram a torcida a esperar por algo maior na Libertadores.
Para o treinador, a expectativa foi exagerada. “Estamos em um ano de reconstrução. Ninguém quer sair da Libertadores, mas devemos aceitar a realidade”, declarou, pregando trabalho para iniciar a reação da equipe após a dura eliminação. “O único jeito que conheço é trabalho, única moeda que paga. Amanhã é começar a trabalhar, pensar em Brasileirão, depois Copa do Brasil. Único jeito que conheço na minha vida.”
Crespo não indicou quais serão os caminhos que vai adotar nesta “reconstrução”. Mas deu dicas na partida. Ao deixar o experiente Reinaldo no banco, dando preferência ao jovem Gabriel Sara, pode ter indicado preferência pela nova geração. Neste processo de mudanças, a maior questão recairá sobre Daniel Alves, que está em atrito com a diretoria após declarações na Olimpíada de Tóquio.
Fato é que a reação do São Paulo terá que ser rápida porque o time disputa mais um mata-mata importante na próxima semana, contra o Fortaleza, pelas quartas de final da Copa do Brasil. E precisa sustentar a reação no Brasileirão para afastar de vez o risco de rebaixamento.
Comentários estão fechados.