D’Alessandro quer se adaptar à intensidade do Inter de Medina: ‘Parte do grupo’
“Intensidade no futebol é uma palavra importantíssima. Eu faço parte de um grupo e eu tenho de me adaptar a esta intensidade. A idade é algo importante quando se fala em parte física, força, mas vocês (jornalistas) sabem melhor do que eu que nunca faltei ao trabalho. Sei dos meus deveres e obrigações. Se o treinador pedir intensidade, certamente um jogador de 20 anos vai ter mais do que eu, mas eu não ficarei muito atrás. Com quase 41 anos, eu tenho que saber das minhas limitações”, disse.
Ao ser questionado sobre a posição em que pode ser escalado, D’Alessandro afirmou, como se fosse um atleta de menor porte, que está à disposição. “Eu estou muito feliz por estar aqui. Isso aqui é um ganho na minha carreira. O que vier para frente é lucro. Sei que o Medina não irá me colocar de lateral e de goleiro. Nos últimos meses da minha trajetória, me sinto como atleta. Se ele (Medina) precisar de mim por dois minutos ou 20 minutos, estarei à disposição. Já temos uma obrigação no começo do ano, que é voltar a conquistar o título do Gauchão”, comentou.
D’Alessandro revelou que a sua aposentadoria já tem data marcada: 30 de abril. Ele explicou que se preparou muito para chegar onde chegou e comentou que o futebol tira muitas coisas do atleta. “Hoje eu posso dizer que a minha trajetória no futebol irá terminar no dia 30 de abril. Irei para minha casa descansar, continuarei ajudando o Inter, vou comparecer aos jogos. São 22 anos de carreira, muito trabalho, empenho e muitas coisas que foram deixadas de lado, como a família”, acrescentou.
O meia argentino destacou que sempre quis voltar a morar em Porto Alegre e teria que ser como jogador do Internacional. “Não conversei com o presidente de virar diretor ou algo assim. O que foi conversado era a minha volta como atleta. Eu quis voltar já para ficar em Porto Alegre, para me despedir do futebol. Achei que seria justo me despedir do futebol com a camiseta do Inter”, explicou.
D’Alessandro comentou ainda que precisa também se despedir do torcedor. “Eu preciso disso, do contato com o torcedor. Eu preciso ir a Erechim, Bagé, em Ijuí, na cidade em que for. Se não for jogar, vou pedir para viajar para ter contato com a torcida. Eu peço que nos acompanhem nestes próximos quatro meses”, completou.
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