De vilão a herói: consumo de ovo tem aumentado nos últimos anos

Há alguns anos, o ovo deixou de ser vilão e se tornou herói das dietas, caindo nas graças de consumidores com os mais variados perfis, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Essa proteína animal é considerada uma das mais apreciadas mundo afora.

No Brasil, dados da ABPA mostram que o consumo aumentou de 148 unidades per capita anuais em 2010; para 251 unidades em 2020 – recorde de consumo desta proteína. As projeções da Associação apontam que o consumo projetado para o ano de 2021 deverá alcançar 255 unidades, com a produção anual superando 54,5 bilhões de unidades – ou o equivalente a 1.728 ovos por segundo. Para 2022, a entidade projeta que a média de consumo per capita de ovos chegue a 262 unidades anuais.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados – do ano passado – sobre a produção de ovos mostram que o Paraná subiu para a segunda colocação no ranking nacional, com 360,64 milhões de dúzias produzidas, 3,3% a mais do que em 2019. São Paulo lidera com 1,14 bilhão de dúzias produzidas. Os estados do Espírito Santo (359,802 milhões de dúzias), Minas Gerais (351,277 milhões) e Rio Grande do Sul (279,617 milhões) aparecem na sequência.

Selio e Ivanir iniciaram na atividade no ano de 1999 – Foto: Arquivo Pessoal

Em Toledo, os dados do último Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) mostram que a produção de ovos de galinha ultrapassaram um milhão de dúzias. A expectativa é que o número se mantenha neste ano.

TRABALHO – Mas, por trás das bandejas ou das caixas com ovos, invariavelmente acomodada em uma ponta de gôndola do supermercado, há muito trabalho. Empenho como o da família Gasparetto.

Selio e sua esposa Ivanir começaram a produzir ovos no ano de 1999, primeiramente em parceria com o Ludovino Grespan. No ano de 2012, Selio e Ivanir decidiram comprar a marca Cometa. Desta maneira, iniciava o próprio negócio da família Gasparetto.

Ivanir conta que a granja produz ovos de galinha, postura comercial vermelha e branca. “Decidimos começar nesta atividade para agregar renda para a família. Nós ouvíamos bons comentários sobre a galinha de postura comercial. Nos interessamos pelo assunto e fomos buscar informações com uma pessoa que já estava no ramo, no caso, o seu Ludovino. Então surgiu a ideia da parceria”.

A produtora recorda que a família começou com um lote de 1.800 aves. “Após um tempo, nós instalamos mais um galpão com 1.800 aves. Conforme aumentava a demanda, nós aumentamos a granja”, salienta Ivanir.

DESAFIOS – Atualmente, a granja da família Gasparetto possui a produção mensal de três mil caixas com 30 dúzias cada. “Para chegarmos a esse resultado de produção, diversos cuidados precisam ser adotados, desde a escolha da genética das aves, seguir o controle de vacinação, alimentação balanceada com produtos de qualidade, iluminação dentro do programa de luz e climatização favorável para garantir o bem estar de aves”, menciona Ivanir.

Os cuidados devem ser mantidos e os desafios superados. Conforme Ivanir, os desafios sempre existem, desde a realização do tratamento para uma doença respiratória até realizar a análise da ração para que fique balanceada conforme a necessidade da ave. “Assim, nós teremos um produto com qualidade, boa densidade da casca e boa coloração na gema do ovo”, afirma a produtora ao complementar que os altos custos da matéria-prima são desafios constantes da família. “Nós gostamos desta atividade e mantemos todos os cuidados necessários. O sonho da nossa família é aumentar ainda mais a produção e continuar nesta atividade”.

Da Redação

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