De volta à Libertadores, Flu aposta em entrosamento para surpreender River Plate
Em suas seis participações anteriores na competição (1971, 1985, 2008, 2011, 2012 e 2013), o Flu somou três vitórias e três empates. Contra argentinos em estreias, foram um empate e uma vitória, sobre o Arsenal de Sarandí, em 2012. O gol do triunfo por 1 a 0 foi marcado por Fred, único jogador do atual elenco que também estava em campo na última participação da equipe na competição, no ano seguinte.
De lá para cá, muita coisa mudou no Flu. “Naquela época, em 2013, tínhamos muitos jogadores que vinham de título, jogando Libertadores. Agora temos um grupo com muitos jovens, que estarão experimentando a competição jogando, o clube voltando com esse orgulho e sentimento de satisfação dos torcedores, jogadores, comissão técnica”, compara Fred.
O atual elenco, em ascensão desde a reta final do último Brasileirão, é um dos trunfos do Flu para esta Libertadores. O time sofreu poucas mudanças da temporada 2020 para a 2021. E segue com sua mistura de jovens talentos e veteranos consagrados. Numa ponta tem garotos como Kayky, de 17 anos, e em outra, Nenê, de 39.
Além disso, o entrosamento foi beneficiado pelas partidas do Campeonato Carioca. Ao contrário dos demais brasileiros da Libertadores, o Flu poupou poucos titulares neste início de temporada. A base montada em 2020 deve se beneficiar dos reforços contratados pela diretoria. Abel Hernández, Cazares e Manoel já poderão aparecer em campo nesta quinta, provavelmente como opções para o segundo tempo. O técnico Roger Machado já indicou que não deve fazer mudanças drásticas para a estreia.
David Braz, infectado pela covid-19, e Raúl Bobadilla ainda não poderão estrear. O estrangeiro não foi inscrito a tempo junto à Conmebol e é a maior baixa do time, uma vez que a diretoria se esforçou para agilizar a documentação nos últimos dias.
Bobadilla, no entanto, poderá ser importante para os confrontos seguintes do difícil Grupo D da Libertadores. Na sequência, o Flu terá pela frente colombianos Independiente Santa Fe e Junior Barranquilla. “Nosso grupo é muito difícil. Logo após o sorteio estávamos conversando: ‘Pô, grupo difícil’. Pessoal brincando: ‘O que você foi fazer nesse sorteio? Só trouxe pedreira para a gente’. Eu respondi: ‘Não estamos disputando o Carioca. Vamos pegar os melhores da América’. E está aí o nosso grupo. Vamos enfrentá-los de igual para igual e que comecemos já com uma grande vitória nessa quinta”, comenta Fred.
O duelo desta quinta vai marcar ainda o reencontro do Flu com o Maracanã num jogo da Libertadores. O último disputado no famoso estádio aconteceu em julho de 2008, no segundo jogo daquela final, contra a LDU. O time brasileiro venceu o equatoriano por 3 a 1, mas foi derrotado nas penalidades, ficando com o vice-campeonato.
Nesta quinta, o Flu poderá superar o trauma daquele jogo contra um desfalcado River Plate. O dono de quatro títulos da Libertadores terá as baixas do meia Jorge Carrascal e dos zagueiros Robert Rojas e Javier Pinola. Os dois primeiros vão cumprir suspensão pelas expulsões sofridas diante do Palmeiras, na semifinal de 2020. E Pinola sofreu uma fratura no braço. Além disso, Matías Suárez e Agustín Palavecino são dúvidas porque se recuperam de lesões.
Apesar disso, o River vem em boa fase, há sete jogos sem perder, sendo três vitórias seguidas, a última delas por 5 a 0 sobre o Central Córdoba. O bom momento é fruto do trabalho de longo prazo realizado pelo técnico Marcelo Gallardo, que levou o River à semifinal das últimas quatro edições da Libertadores.
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