O pequenino mosquito colocou a cidade em alerta. O cenário já é de epidemia e a atenção deve ser redobrada nos quintais para eliminar os criadouros e com os sintomas da doença para evitar complicações. Segundo o levantamento semanal da dengue, referente ao ano epidemiológico de agosto de 2021 até 27 de abril de 2022, há 774 casos confirmados da doença no município, sendo 754 autóctones, que foram contraídos em Toledo.
O levantamento ainda traz a informação de 502 casos suspeitos que estão em análise. As cinco localidades com maior número de casos em Toledo são: Centro (85), Panorama (66), Paulista (60), Novo Sarandi (53) e Boa Esperança (49). Já as três localidades com mais focos de dengue são: Croma (133), São Francisco (106) e Panorama (99).
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus, o qual pertence à família Flaviviridae, do gênero Flavivírus. No Brasil, os vírus da dengue são transmitidos pela fêmea do mosquito Aedes aegypti (quando também infectada pelos vírus) e podem causar tanto a manifestação clássica da doença quanto a forma considerada hemorrágica.
Os sintomas mais comuns apresentados na população são dor no corpo, falta de apetite, dor atrás dos olhos, febre, dor de cabeça, coceira e manchas vermelhas na pele. A médica e secretária da Saúde Gabriela Kucharski explica que os sintomas podem ser confundidos com Covid-19 devido a semelhança. “Por esse motivo é muito importante procurar atendimento no serviço de saúde para diferenciar o diagnóstico”.
Apesar do grande número de casos, ela cita que os sintomas apresentam-se como leves, porém em algumas situações ocorre o agravamento do quadro inicial necessitando de internação para acompanhamento e hidratação endovenosa.
“Importante que a população procure imediatamente o serviço de Saúde ao primeiro sinal de alarme como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, hemorragias importantes, desmaio e desconforto respiratório”, alerta a secretária ao enfatizar que cada paciente tem um tempo de resposta ao quadro viral diferenciado. “Contudo, maioria dos casos os sintomas desaparecem em torno de cinco a sete dias”.
ATENDIMENTOS – O paciente que apresentar os sintomas da dengue pode procurar todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) no seu horário habitual de funcionamento e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Pronto Atendimento Municipal Dr Jorge Milton Nunes (PAM/Mini-hospital).
Nestes locais, o fluxo de atendimento é maior por conta do funcionamento 24 horas. No mês de abril, a média de atendimento por dia, somando as UBSs e os prontos atendimento tem sido de 70 casos suspeitos.
A secretária da Saúde enfatiza que para ampliar a oferta de atendimento de saúde à população, desde o início do mês de abril, o município disponibiliza em todos os serviços de saúde municipal testes rápidos para Covid-19 com objetivo de auxiliar os profissionais médicos na diferenciação do diagnóstico entre dengue e Covid-19. “Dessa forma permite ao profissional médico maior subsídio para o direcionamento das condutas a serem tomadas em cada situação”.
Gabriela esclarece que todos os pacientes com suspeitas da doença devem realizar a sorologia para dengue após o 6º dia do início dos sintomas. A coleta é realizada no posto de coleta e processamento de amostras municipal localizado na Unidade Básica do Centro. Após a coleta e processamento, a amostra é enviada ao laboratório Estadual em Curitiba para a realização do exame. “O município de Toledo possui quantidade de insumos suficientes para o atendimento dos casos suspeitos de dengue, não sendo registrado desabastecimento até o momento”, pontua a secretária.
Além de procurar o atendimento médico e realizar o exame para confirmação da doença e outros exames solicitados, o paciente com suspeita de dengue é orientado a aumentar a ingestão de água diária, fazer uso de repelente e evitar a automedicação. E os cuidados em casa com a limpeza dos quintais e a eliminação de recipientes que possam acumular água e servir de criadouros para o mosquito devem ser intensificados.
Da Redação
TOLEDO
