Deputada Ana Julia visita Toledo e defende mais mulheres na política
A mais jovem deputada estadual na história da Assembleia Legislativa do Paraná, Ana Julia, visitou Toledo nesta quinta-feira (18) e concedeu uma entrevista ao programa “Fim de Tarde com o Editor”, do JORNAL DO OESTE. Natural de Assis Chateaubriand, a deputada afirma se sentir em casa quando vem ao Oeste. Um dos motivos de sua visita foi se reunir com a pré-candidata à Prefeitura de Toledo Nelsi Welter, além de pré-candidatos a vereador e vereadora pela coligação que apoia Nelsi.
Nesta sexta-feira (19) Ana Julia estará em Cascavel e fim de semana ela permanece em Assis Chateaubriand. A entrevista completa pode ser vista nas redes sociais do JORNAL DO OESTE ou no canal do Youtube.
A história de Ana Julia com a política aconteceu quando da discussão para a reforma do ensino médio. Embora ela sempre tenha gostado de conversar e debater sobre política, ainda assim nunca havia se envolvido de maneira mais direta. Na época da reforma ela não gostou do discurso que estava sendo repassado aos estudantes e resolveu se aprofundar na matéria.
“Começou a ter mobilização e daí eu fui estudar a reforma ali, todo o texto da Medida Provisória e comecei assim me informar e aquilo me indignou porque foi uma reforma construída de cima pra baixo, sem diálogo”, contou. A partir daí surgiu uma ‘nova’ Ana Julia que virou suplente de vereadora em Curitiba e depois deputada estadual com 50 mil votos.
PARTICIPAÇÃO DA MULHER
Dos 54 deputados na atual legislatura na Assembleia, apenas 10 são mulheres. Na opinião de Ana Julia, essa baixa participação da mulher na política é reflexo de uma cultura onde a mulher tem sido deixada de lado. Não apenas na política. “Sistematicamente durante muitos e muitos anos foi colocado que a mulher não deveria participar da vida pública. Que ela não tinha voz política, participação política. E quando isso é construído de forma tão enraizada e tão cultural demora muito tempo para você conseguir desmistificar isso”, explicou a deputada estadual.
Ainda segunda ela, “a questão é que as mulheres foram ensinadas que elas não tem que participar da política, nem da vida pública e que elas não tem esse espaço de protagonismo”.
E ela deixou um recado a outras jovens mulheres: “Principalmente eu vejo que quando a gente quer muito mudar alguma coisa, quando a gente está frustrado, indignado com alguma coisa, nós precisamos nos colocar nesse espaço também. A gente precisa disputar esse espaço também. Só reclamar, ficar em casa é muito confortável. Reclamar é uma delícia. Mas colocar em prática, buscar de fato mudar é o que é difícil, mas é o que verdadeiramente vale a pena”, finalizou.
Márcio Pimentel
Da Redação
TOLEDO