Diretor de ‘Não Olhe para Cima’ revela ‘papel’ de Bolsonaro no filme
Para cientistas ouvidos pelo Estadão, “Não Olhar para Cima” é uma alegoria ao negacionismo – não importa quão evidente esteja o risco, parte da população não consegue vê-lo, ou prefere negá-lo, dizem. Para a bióloga Natália Pasternak, a comparação do cometa com o cenário brasileiro, seja pela perspectiva do problema existencial do aquecimento global ou da própria pandemia, é inevitável. “Tivemos o negacionismo com a questão amazônica antes mesmo da própria pandemia. Mas ele foi agravado. Se o filme fosse brasileiro, de repente o título poderia ser ‘é só uma gripezinha'”, disse.
O filme retrata uma doutoranda em astronomia que descobre que um cometa irá colidir com a Terra em seis meses. Ao tentarem alertar para a iminente destruição do planeta, ela e outros cientistas esbarram no descaso da presidente dos Estados Unidos, interpretada por Meryl Streep, e da própria mídia.
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