Dívida Pública Federal cresce 2,09% e fecha 2021 em R$ 5,613 trilhões

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 2,09% em dezembro e fechou o ano de 2021 em R$ 5,613 trilhões. Os dados referentes a dezembro foram divulgados nesta quarta-feira pelo Tesouro Nacional. O resultado ficou dentro da meta do Tesouro para a evolução do estoque no ano passado, que ia de R$ 5,500 trilhões a R$ 5,800 trilhões.

Em novembro, o estoque estava em R$ 5,498 trilhões e, no fim de 2020, estava em R$ 5,009 trilhões. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 46,92 bilhões no mês passado, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 67,91 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,22% em dezembro e fechou o ano em R$ 5,348 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,59% menor no mês, somando R$ 264,72 bilhões ao fim de 2021.

Participações

Após queda nos últimos anos, a fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública aumentou em 2021. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a participação dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 9,24% no fim de 2020 para 10,56% no mês passado. Em novembro, estava em 10,52%.

O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 564,97 bilhões em dezembro. No fim de 2020, estava em R$ 440,52 bilhões. Na comparação com novembro, houve alta em relação ao saldo de R$ 550,54 bilhões.

A maior participação no estoque da DPMFi ficou novamente com as instituições financeiras em 2021, com 29,45% ao fim de dezembro, ante 29,03% em novembro. Na sequência, os fundos de investimento elevaram a participação de 23,82% para 23,97% de um mês para o outro.

O grupo Previdência passou de 22,31% em novembro para 21,74% em dezembro e as seguradoras passaram de 3,99% para 3,88% na mesma comparação.

Prefixados

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu ligeiramente em dezembro, encerrando 2021 em 28,90%. Em novembro, estava em 28,89%. A participação de papéis prefixados ficou fora do intervalo das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2021, que ia de 31% a 35%.

Os papéis atrelados à Selic aumentaram a fatia em dezembro, de 36,69% para 36,83%. Os títulos remunerados pela inflação caíram para 29,30% do estoque da DPF em dezembro, ante 29,32% em novembro. Os papéis cambiais tiveram redução na participação na DPF de 5,10% em novembro para 4,96% em dezembro.

O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos remunerados pela Selic em 2021 ia de 33% a 37%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta era de 26% a 30% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

Doze meses a vencer

O Tesouro informou ainda que a parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 21,31% em novembro para 21,02% em dezembro. O porcentual também ficou fora do intervalo do PAF 2021, que ia de 22% a 27%.

O prazo médio da dívida passou de 3,92 anos em novembro para 3,84 anos no mês passado. O resultado também não cumpriu as metas do PAF 2021, que iam de 3,40 anos a 3,80 anos.

O custo médio acumulado em 12 meses da DPF aumentou de 8,62% ao ano em novembro para 8,91% ao ano ao fim de 2021.

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