Doenças respiratórias agravam no outono; saiba como evita-las
Da Redação
TOLEDO
O clima seco do outono e as mudanças repentinas na temperatura podem agravar muitas doenças, principalmente, alergias e síndromes respiratórias. As mais prevalentes, nesta época do ano, são pneumonias, bronquite, bronquiolite, asma brônquica, rinites, alergias e conjuntivite alérgica. Saber como preveni-las é a melhor forma de manter-se saudável e aproveitar melhor a estação.
Além da umidade relativa do ar estar mais baixa, a variação de temperatura também deixa o organismo mais sensível. O médico e diretor da 20ª Regional de Saúde Fernando Pedrotti explica que nesta época a amplitude térmica aumenta com manhãs com temperaturas relativamente baixa, cerca de 12º C podendo chegar a 28º C no período da tarde.
“Com isso, temos 16º C de amplitude térmica, que é a diferença entre a mínima e a máxima. Temos uma variação muito grande na temperatura e essa variação faz com que o nosso organismo fique mais suscetível. A umidade relativa do ar mais baixa faz com que eu tenha mais chance de ter ressecamento da parte respiratória aumentando as chances de desenvolver doenças”.
Dependendo da doença os sintomas podem ser coceira e vermelhidão ocular, no caso de conjuntivite; obstrução nasal no caso das rinites alérgicas; tosse, chiado no peito e cansaço são indícios de asma; febre, dificuldade respiratória e dores também são sintomas de doenças respiratórias.
O público mais sensível as mudanças de temperaturas são os bebês e os idosos. Apesar de muito comum nesta época do ano, o surgimento dos sintomas das doenças respiratórias não podem ser negligenciados. “Quando os sintomas incomodam passam a se repetir e há desconforto respiratório, sintomas de febre ou algo dessa natureza é importante buscar uma avaliação médica”, esclarece Pedrotti.
CUIDADOS – A prevenção desempenha um papel fundamental na redução do risco de doenças respiratórias. Para evitar essas doenças é preciso adotar alguns cuidados básicos. A higiene adequada das vias respiratórias é uma medida simples, mas eficaz para prevenir a propagação de infecções respiratórias.
Lavar as mãos regularmente com água e sabão, especialmente antes de tocar o rosto, o nariz ou a boca. Cobrir a boca e o nariz com um lenço descartável ao tossir ou espirrar. Desta forma evita que partículas carregadas de vírus ou bactérias se espalhem pelo ar.
Manter ambientes bem ventilados, permitindo a renovação do ar e reduzindo a concentração de poluentes internos. “É possível também pendurar toalhas no ambiente para aumentar a umidade relativa do ar. Lembrando que desaconselhamos utilizar baldes e bacias no ambiente pelo risco que representa com crianças”, salienta o médico Pedrotti.
Um sistema imunológico saudável desempenha papel fundamental na proteção contra doenças respiratórias. Fernando Pedrotti enfatiza que uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e a ingestão de muitos líquidos também podem contribuir na prevenção de doenças respiratórias. Ao praticar exercícios é fundamental a utilização de roupas leves, calçados adequados, evitar os horários em que a umidade do ar está mais baixa, entre 10h e 16h, e muita hidratação.