Educação apresenta dados orçamentários do 1º quadrimestre
As atividades desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Toledo nos quatro primeiros meses de 2022, os relatórios de execução orçamentária e fiscal, os serviços e outras ações foram explanadas, na última sexta-feira (20), pela equipe da Educação em audiência pública quadrimestral de prestação de contas da pasta, relativa ao primeiro quadrimestre de 2022. Na ocasião, a Comissão de Educação, Cultura e Desporto ouviu a explanação no Edifício Vereador Guerino Antônio Viccari, sede da Câmara Municipal de Toledo. Na audiência pública, a secretária da Educação Marli Gonçalves Costa falou dos desafios da gestão, que assumiu há duas semanas, do planejamento de reestruturação da pasta e das mudanças em execução para melhorar o ensino no município.
A equipe também apresentou os dados orçamentários do primeiro quadrimestre. Segundo apresentação, o orçamento total previsto para o ano de 2022 é de R$ 145.164.188,99 e foram empenhados R$ 55.251.295,90, o que corresponde a 38,06% do orçamento previsto de arrecadação. Em relação ao orçamento previsto com as fontes vinculadas, o que foi investido no desenvolvimento com ensino, foi de R$ 132.907.093,66, sendo que os valores empenhados foram de R$ 51.051.412,93, o que corresponde a 38,41%.
No comparativo orçamentário dos últimos três anos, em relação ao primeiro quadrimestre, sendo que em 2019 foram investidos 19,01% do limite constitucional; em 2020 foram 18,67%; em 2021 foram investidos 16,46%; e em 2022 foram investidos 20,63% do limite constitucional que é determinado por lei em 25% para a área da educação.
INTERVENÇÕES – O relatório trouxe também informações de intervenções das estruturas físicas do município, como continuação dos serviços de complementação da construção de creche tipo 2 no Loteamento Jardim da Mata – R$ 115.784,43; reforma e ampliação do Cmei Pingo de Gente – R$ 296.589,23; reforma e ampliação do Cmei Jenny Donaduzzi – R$ 180.400,00; construção do muro de arrimo no Cmei Iraci de S. Batista – R$ 987,57 e reforma e ampliação do Cmei Ana Maria Zorzo – R$ 302.400,00.
Também foi apresentada a reforma do Cmei Sueli Gruber – R$ 341.002,26; a reforma do Cmei Nona Gema – R$ 17.689,53 e a construção do Cmei Jardim da Mata R$ 20.704,17 com 73,42% da obra executada.
REESTRUTURAÇÃO – A secretária Marli abriu a audiência falando das mudanças e das reestruturações necessárias a serem realizadas na pasta para atender todas as necessidades observadas desde que assumiu a gestão há duas semanas.
“Nós temos que ver o todo e eu precisava colocar à disposição 22 pessoas dentro da Secretaria de Educação. Não faltei com respeito com nenhum profissional. Assumimos a gestão e vimos a dificuldade existente nas escolas e tentamos fazer com que o quadro de professores chegasse mais próximo do que poderíamos atender. É claro que colocar o dedo na ferida acaba criando inimizades, mas a maioria compreendeu e muitos voltarão após arrumarmos o quadro de servidores na Smed. Contudo, eu preciso fazer essa mudança nesse momento em relação a necessidade momentânea dessa ação”.
Marli enfatizou que não há possibilidade de fazer gestão e falar em política séria de educação sem o professor na sala. “Não adianta pintar a sala de ouro se não tiver o professor na sala; não adianta entregar equipamentos como tablets e notebooks se não tem o professor. Isso é fantástico, mas não substitui o profissional de educação”, complementou.
Na ocasião, a secretária apresentou um relatório que considera seu primeiro ato na gestão da Educação. Ela mapeou todas as escolas e Cmeis com informações para identificar onde havia falta de professor. “A partir do momento que fizemos o mapeamento, essas 22 pessoas (19 professores e três serviços administrativos) foram direcionados para os locais com mais problemas, porque tem escolas que estão bem ‘redondas’ e escolas que estão com muita dificuldade até este momento”.
MUDANÇA – Em sua explanação, a secretária pontuou também que fez a convocação ao Departamento de Recursos Humanos para o chamamento de Concurso Público e de Processo Seletivo Simplificado (PSS) para os profissionais em falta e de Professor de Apoio à Diversidade e a Inclusão (Padi). Marli também ressaltou sobre a mudança na metodologia de trabalho na Secretaria da Educação.
“Cada secretário tem o seu método de trabalho e nós não podemos ser um servidor que está ‘puxando’ a equipe sem motivação e cansado. Eu tenho cobrado muito a minha equipe com reuniões com diretores à noite, porque alguns diretores ainda estão em sala de aula. E esse ritmo quem vai dar somos nós. A metodologia em relação a utilização do apoio com universidades e órgãos. Temos muito desafios pela frente. Um deles é a transição do período remoto para o presencial e a defasagem dos alunos. Agora o desafio é muito grande de fazer essa recuperação do aluno e do profissional”.
A gestora da pasta também pontuou na audiência pública sobre a necessidade de aprimorar as formações e as capacitações dos professores da rede municipal. Também foi citado sobre o desafio em relação ao projeto do aluno conectado, sendo a falta de estrutura física adequada o maior problema enfrentado até então.
“Os pontos de internet têm que funcionar, os tablets têm que estar com as ferramentas pedagógicas que o professor esteja treinado. Todo esse trabalho do aluno conectado vai ser aperfeiçoado. Chegamos à conclusão de que não adianta passar o tablet para o aluno sem ter todo esse trabalho anterior do professor”.
Marli afirmou que a Educação realizará a reorganização de calendários e do Ensino Integral. “Muitas ações não foram realizadas adequadamente nos últimos anos. Mas, precisamos avançar nesses pontos para que a educação seja ofertada com qualidade”.
Contudo, o principal desafio para o futuro, de acordo com Marli, é a reestruturação do quadro do organograma da Secretaria Municipal de Educação de Toledo (Smed). “A política educacional faz a diferença na vida das pessoas e a atual formação estrutural na Smed com quadro de Departamentos é ‘ridículo’. Isso não é de um governo, e sim, de 20 governos atrás”.
Na oportunidade, a secretária ainda exemplificou como discutir a qualidade do ensino integral se a pasta não possui um quadro para tratar a Educação Integral. “Atualmente, a Secretaria de Esporte e Lazer é melhor estruturada em relação a Educação. Com isso, esse é o principal desafio: organizar a estruturada da Educação para as ações e as atividades ‘andarem’ com agilidade”, finalizou Marli.
Da Redação
TOLEDO