Em audiência no Senado, Braga Netto se queixa de falta de recursos para a Defesa
“Se os senhores falarem ministro, cite o problema da Defesa, eu direi que o problema da Defesa é exatamente recurso, porque capacidade, profissionalismo, tudo isso nós temos. Falta recurso para implementar”, citou o ministro. “O nosso orçamento, em virtude do teto de gasto, da nova conjuntura feita, diminuiu. Não houve aumento de gastos com Defesa no governo. Houve até uma redução em virtude da política econômica que existe, que é uma regra que vem desde 2016”, reforçou.
Neste ano, conforme o Orçamento sancionado na semana passada, a pasta teve corte de R$ 1,842 bilhões, sendo o quarto ministério mais afetado. Em recursos bloqueados, que podem ser revertidos ao longo do ano caso haja espaço no orçamento, a Defesa foi a terceira pasta com maior montante travado, com R$ 1,364 bilhões, atrás apenas dos Ministérios da Educação e da Economia.
Na audiência de hoje, Braga Netto também respondeu sobre a situação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais militares. Ontem, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou a convocação de Braga Netto para dar esclarecimentos sobre o assunto ao colegiado. “O fato é que não existe hoje leito disponível, não existe leito, vamos dizer, ocioso nos nossos hospitais. Os nossos hospitais estão completos. O leito que está vago é exatamente o do rodízio de quem está na UTI e sai para entrar um pior.”
Braga Netto e os novos comandantes foram ouvidos hoje na CRE sobre suas ações. No encontro, o ministro negou que haja uma politização das Forças por conta da recente troca da cúpula militar. Ele reforçou que as Forças estão pautadas “pela Constituição, pela independência dos Poderes, pela não interferência entre eles e pela liberdade do povo brasileiro”.
Na próxima quinta-feira, 6, a comissão deverá realizar audiência pública com o ministro Carlos França, das Relações Exteriores. Assim como Braga Netto, o chanceler assumiu o cargo há cerca de um mês depois de mudanças no governo feitas pelo presidente Jair Bolsonaro no fim de março.
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