Em jogo ruim, Palmeiras segue vivo no Paulistão ao fazer 1 a 0 no Santo André
O próximo jogo no Estadual é o clássico contra o Santos, nesta quinta-feira, e uma vitória combinada novamente com derrota do Novorizontino, que enfrenta o Botafogo-SP, colocaria o atual campeão na zona de classificação. Matematicamente o Palmeiras ressurgiu no Estadual. Justamente após seus dirigentes e integrantes da comissão técnica dizerem que uma eliminação não seria vexame.
Como são os meninos quem estão disputando o Estadual, garantir a ainda difícil classificação seria uma maneira para esses jovens seguirem ganhando rodagem. Diante do Santo André, por exemplo, um olheiro da CBF estava no estádio do Canindé para observar quem pode ser chamado à seleção de base no futuro. Deve ter se decepcionado num jogo sonolento e com poucas chances de gol.
Mais uma vez o técnico português Abel Ferreira optou por sua terceira escalação, mostrando não estar “nem aí” com o Estadual. A meta no Canindé era treinar a molecada da base, independentemente do resultado. Nada menos que oito crias palmeirenses figuravam na escalação. Jailson, que voltou a ganhar uma chance no gol, o lateral-esquerdo uruguaio Matías Viña, ainda suspenso na Copa Libertadores, e Gustavo Scarpa completaram a equipe.
Com uma escalação diferente e pouco treino, os passes equivocados deram a tônica do primeiro tempo palmeirense. Sem criatividade, nada de a bola chegar para Giovani e Rafael Elias no ataque. Justamente um setor no qual Abel Ferreira queria observar pelas lesões de Wesley, Breno Lopes e Gabriel Veron. Por outro lado, Jailson também não trabalhou muito no gol.
A partida era bem ruim, com as equipes maltratando a bola com chutões e sem nada de criativo. Se de um lado estava um Palmeiras desentrosado e com pensamento na Libertadores, do outro figurava um Santo André bem diferente de 2020. No ano passado, o clube do ABC deu trabalho, andando entre os melhores até a parada pela pandemia do novo coronavírus. Agora vinha de sete jogos sem vitórias e brigando contra a queda.
A carência de técnica tornou o encontro uma verdadeira pelada. A prova veio no gol de Gustavo Scarpa. Chutão de Gabriel Menino, dividida pelo alto de Giovani e sobra para o meia abrir o marcador. Em pobres 45 minutos e decepcionante apresentação do Palmeiras, o zero saiu do placar em lance casual.
A vantagem podia, até ser maior caso o árbitro marcasse pênalti em saída perigosa e pé bem alto do goleiro Fernando Henrique em Rafael Elias. O VAR não avaliou o ato como faltoso. Mesmo produzindo pouco, o Palmeiras foi melhor que o adversário, caminhando para a queda.
Abel Ferreira resolveu descansar Gustavo Scarpa após o intervalo já pensando em uma opção no reencontro com o Defensa y Justicia, algoz da Recopa Sul-Americana, pela terceira rodada da Libertadores, em Buenos Aires, nesta terça-feira. O meia é uma boa arma para o decorrer do jogo com os argentinos.
Curiosamente, o Palmeiras que já não fazia um bom papel, desapareceu na partida após a troca. E o Santo André cresceu e pressionou. Não fosse Jailson e o placar seria igualado. Fez defesa arrojada no chutaço de Ramon.
O placar ficou indefinido até o último lance, mas o Palmeiras soube segurar a importante vitória que o leva aos 15 pontos, diante de 18 do Novorizontino. O Red Bull Bragantino, com 22, já está classificado e não pode ser alcançado.
FICHA TÉCNICA
SANTO ANDRÉ 0 x 1 PALMEIRAS
SANTO ANDRÉ – Fernando Henrique; Lucas Mendes, Rodrigo, Willian Goiano e Bruno Santos (Marcos Martins); PH, Vitinho (Rone) e Gegê; Tiago Marques (Caio Rangel, depois Marino), Minho (Rafael Vinícius) e Ramon. Técnico: Márcio Fernandes.
PALMEIRAS – Jailson; Gustavo Garcia, Henri e Vanderlan; Gabriel Menino (Marcelinho), Fabinho (Esteves), Pedro Bicalho, Gustavo Scarpa (Zé Rafael) e Matías Viña; Rafael Elias (Gabriel Silva) e Giovani (Newton). Técnico: Abel Ferreira.
GOL – Gustavo Scarpa, aos 20 minutos do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS – Caio Rangel (Santo André); Matías Viña e Henri (Palmeiras).
ÁRBITRO – Thiago Luís Scarascati.
RENDA E PÚBLICO – Jogo com portões fechados.
LOCAL – Estádio do Canindé, em São Paulo (SP).
Comentários estão fechados.