Em SP, falta de itens para kit-intubação aumenta
Os dados são de levantamento divulgado pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems/SP). Como o Estadão já havia noticiado, não só hospitais, mas também Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), pronto socorros e até postos de saúde recebem pacientes de covid.
A Secretaria Estadual de Saúde diz que o Ministério da Saúde não está enviando os medicamentos nas quantidades necessárias. “Após constantes cobranças, o governo federal liberou para o estado de São Paulo desde a última semana de março 215.313 ampolas de neurobloqueadores e anestésicos, o que corresponde a apenas 6% do que é necessário para atender a demanda mensal da rede pública, de 3,5 milhões.” O ministério não se manifestou.
O levantamento do Cosems/SP foi feito com 1.514 serviços de saúde de 265 municípios. “Estamos usando sedativos e bloqueadores mais antigos, tentando resgatar medicamentos que usávamos lá atrás para que ninguém fique sem assistência”, afirmou Geraldo Reple, presidente do Cosems/SP e secretário municipal de Saúde de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. “Estamos revendo todos os protocolos.”
Oxigênio
A questão do oxigênio também preocupa, menos pela escassez em si, mais pela logística de distribuição. “Temos uma boa capacidade de produção”, afirmou Reple. Com o aumento dos casos, os cilindros de oxigênio precisam ser trocados com muito mais frequência. “E isso é complicado em cidades mais distantes.”
Um outro levantamento divulgado ontem, dessa vez pelo Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), indica que, em todo o Brasil, gestores de 1.068 municípios relataram preocupação sobre o estoque de cilindros de oxigênio e até risco de desabastecimento nos próximos dias se a curva de casos de covid-19 se mantiver em alta e houver novos entraves junto a fornecedores. Até as 20 horas, o Ministério da Saúde também não havia se manifestado sobre a questão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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