Relato de projeto da Escola Egon Werner Bercht vai parar nas páginas de um livro
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A Escola Egon Werner Bercht, localizada na Vila Industrial, se prepara para um evento especial na próxima terça-feira (19), às 10h, quando será lançado o livro “Baobá a aurora da mata”. A obra, editada pelo Instituto Quero Saber, retrata cada etapa de projeto iniciado em 2021 durante as aulas remotas, no auge da pandemia de Covid-19.
Este teve como inspiração um conto sobre a ancestralidade africana, lido pela professora Maria Auxiliadora Peron, que explorava a relação da cultura afro-brasileira com o baobá, uma árvore majestosa que pode alcançar até 30 metros de altura e 5 metros de diâmetro. O tema despertou enorme interesse nos alunos e, em 2022, após muita procura, foi localizado um casal em Santa Helena que possuía uma muda da árvore, trazida diretamente de Angola.
A planta foi então levada para Toledo e plantada no Parque do Povo/Luiz Cláudio Hoffmann, onde é frequentemente visitada pelos estudantes. Eles instalaram uma placa no local, identificando a espécie e a escola.
Os textos e ilustrações que compõem o livro, que materializa o projeto intitulado “Baobá, bah que árvore!”, são de autoria de alunos da instituição. “Todos nós contribuímos de algum jeito, seja escrevendo os relatos ou fazendo os desenhos, que foram escolhidos após votação”, relata o estudante do 5º ano, Jesus Henrique Machado Minga.
Além de diversos poemas, o desenvolvimento do projeto também resultou na composição de duas músicas sobre o tema, as quais poderão ser ouvidas por meio de QR Codes que será impresso no interior da obra. Também haverá um QR Code com a localização exata da árvore no parque, oferecendo uma conexão direta com o resultado do projeto.
Comercializado por R$ 50,00, o livro já acumula 150 unidades encomendadas. “A intenção inicial era fazer uma publicação interna, mas, diante de um conteúdo tão rico, resolvemos que faríamos um livro. Buscamos uma editora para compilar e revisar o material e fomos atrás de ajuda para as impressões”, relata a psicopedagoga Cristiane Barbatto de Oliveira, coordenadora da escola quando o projeto foi iniciado. “Podemos dizer que se criou um laço afetivo entre pais, alunos e professores com o baobá plantado no Parque do Povo. A grandiosidade deste projeto é proporcional ao envolvimento da comunidade escolar com ele”, avalia Maria Auxiliadora, que explica que o lançamento do livro foi estrategicamente agendado na véspera do Dia Nacional da Consciência Negra, uma data que reforça a luta contra o preconceito racial e valoriza as contribuições da cultura africana para o nosso país.
TOLEDO