Estiagem poderá prejudicar lavouras de soja e milho

A falta de chuva durante o mês de novembro tem preocupado os produtores de soja e milho na região Oeste. Com a implantação das culturas de soja e milho encerradas, os produtores contam com as chuvas para consolidar as estimativas da safra 2021/22.

Na Regional de Toledo, dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) – atualizados no dia 24 – mostram que 80% das lavouras de milho apresentam boas condições e os outros 20% estão em condições medianas.

Dos 4.113 hectares plantados, cerca de 55% estão em desenvolvimento vegetativo, 35% em fase de floração e 10% em fase de frutificação. A estimativa é colher 37.610 toneladas do grão no período.

“Tivemos um excedente de chuva em outubro e em novembro foi muito pouco e bem pontual. Estamos com escassez hídrica e aliado a isso, já são três safras com o mesmo perfil”, comenta o técnico do Deral Paulo Oliva.

Ele explica que o Departamento ainda não trabalha com redução de produção, contudo, se a seca permanecer o cenário poderá ser preocupante. “Se a estiagem continuar poderemos ter problema. Precisamos de chuva e chuva abrangente porque todas as fases do milho necessitam de umidade”, enfatiza Oliva.

SOJA – A situação das lavouras de soja na Regional de Toledo não é muito diferente. Dos 489.155 hectares semeados, 70% apresentam boas condições, 25% apresentam condições médias e 5% da área está ruim. A estimativa do Deral é de 1.858.789 toneladas do grão nesta safra. A soja na Regional de Toledo está 60% em fase de floração, 30% em desenvolvimento vegetativo e 10% em frutificação.

 “A preocupação é a mesma. Tanto para a cultura do milho e da soja nós precisamos de umidade. É preciso chuva para manter as estimativas de produção, ela é primordial para manter os dados”, complementa.

ESTADO – De acordo com o boletim semanal da Seab, referente ao dia 2 de dezembro, a situação climática ainda preocupa parte dos produtores do estado. Depois de um mês de outubro com chuvas acima das médias históricas, que causaram até problemas em algumas regiões, o mês de novembro foi bem diferente, com chuvas escassas e irregulares, além de altas temperaturas durante o período diurno. A previsão de continuidade desse cenário nas próximas semanas preocupa os produtores.

Com relação às cotações, na semana entre 22 a 26 de novembro, o produtor paranaense recebeu em média R$ 157,08 pela saca de 60 quilos de soja, valor 3,5% superior ao da semana anterior.

Em relação ao milho, os trabalhos de campo concentram-se nos tratos culturais. Uma parcela das lavouras (7% da área total) já entrou na fase de frutificação. Nesta fase a atenção é maior, principalmente a climática, pois pode ser decisiva para obtenção da produção esperada. Nesta semana observa-se temperaturas elevadas durante o dia e clima mais ameno no período noturno. Algumas regiões já estão em estado de atenção pela falta de umidade no solo. 95% dos 430 mil hectares plantados no Estado apresentam boas condições, enquanto apenas 5% da área têm condições medianas.

Da Redação

TOLEDO

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