Estrelas do esporte mundial não confirmam presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio
O Paris Saint-Germain, por exemplo, faz jogo duro para liberar Mbappé à seleção francesa. O garoto de 22 anos tem idade olímpica, mas como deve disputar a Eurocopa com o time principal, em junho e julho, o clube não pretende que ele fique tanto tempo ausente.
“Não é porque ele está na lista que ele vai”, alertou o técnico do Paris Saint-Germain, o argentino Mauricio Pochettino, sobre a inclusão do craque em uma pré-lista de 80 convocados pela França para os Jogos de Tóquio. “Teremos de falar sobre isso com todas as partes, veremos”, despistou o treinador.
A imprensa francesa especula que, neste momento, parece improvável que o campeão mundial apareça na lista final de 18 jogadores e 4 reservas que o técnico da seleção Sub-21, Sylvain Ripoll, tem que apresentar para o torneio dos Jogos Olímpicos.
Situação semelhante vive o astro Mohamed Salah, do Liverpool. Ele quer participar do torneio de futebol da Olimpíada de Tóquio com o Egito. Sua convocação é apoiada pelo Ministério dos Esportes e pela Federação Egípcia de Futebol. Falta, no entanto, a liberação do clube inglês.
No tênis, o bicampeão olímpico (em simples e duplas) Rafael Nadal disse que ainda não decidiu se participará dos Jogos de Tóquio e afirmou que qualquer definição depende das “circunstâncias”. “Ainda não sei. Sinceramente, não posso dar uma resposta clara porque não sei. Não sei a minha programação. Em um mundo normal, eu nunca pensaria em perder os Jogos Olímpicos, é claro. Não há dúvidas. Todo mundo sabe. Sempre foi importante para mim estar nas Olimpíadas. Nessas circunstâncias (da pandemia), não sei”, explicou o espanhol número 3 do ranking da ATP.
“Vamos ver o que acontece nos próximos dois meses. Mas eu preciso organizar meu calendário. Em um ano normal, eu conheço meu calendário quase 100% de 1º de janeiro até o final da temporada. Este ano é um pouco diferente, não? Precisamos ser flexíveis. Precisamos nos adaptar às coisas que estão acontecendo”, acrescentou o campeão olímpico em simples em 2008 (Londres) e em duplas em 2016 (Rio de Janeiro).
Tóquio e outras cidades do Japão estão atualmente em estado de emergência por causa da pandemia de covid-19, medida que vai durar pelo menos até o final deste mês. Mais de 11 mil atletas de 200 países são esperados durante os Jogos Olímpicos, que serão disputados de 23 de julho a 8 de agosto.
No caso do ex-número 1 do mundo Andy Murray, ele quer disputar os Jogos de Tóquio, nos quais defenderia as medalhas de ouro de simples conquistadas em Londres-2012 e Rio-2016 para a Grã-Bretanha, mas o seu maior problema são as lesões que têm afetado sua carreira nos últimos anos.
Murray viu sua carreira interrompida desde 2017 por lesões no quadril e na virilha, com várias operações. A participação do britânico no Masters 1000 de Roma, inclusive, é considerada fundamental em seu processo de recuperação. “Quero jogar contra jogadores de alto nível possível, acho que isso vai me ajudar a melhorar meu jogo mais rápido”, explicou.
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