Estudo alerta sobre transtornos físicos, psicológicos e sociais devido condições de sobrepeso e obesidade

Um estudo realizado pelo coordenador do curso de Educação Física da Unipar de Toledo, Robson Recalcatti, e o professor, Dartagnan Pinto Guedes, intitulado como ‘Prevenção e Controle do Peso Corporal na População Jovem’ faz um alerta aos pais e responsáveis de que cada vez mais crianças e adolescentes têm sofrido transtornos de ordem física, psicológica e social devido ao sobrepeso e obesidade. O estudo aponta que o aumento do peso corporal tem acometido jovens em idade escolar, como pressão alta, diabetes, problemas do coração, dores nas articulações, alguns tipos de câncer, entre outras doenças.

“É sabido que um jovem mais pesado e gordo tem mais chance de ser futuramente um adulto obeso. Ou seja, 50% das crianças mais pesadas e gordas deverão tornar-se adolescentes obesos, dos quais 80% desses adolescentes continuarão obesos quando fizerem 18 anos, e 70% deles permanecerão obesos após os 30 anos”, citam os professores na análise.

O estudo aponta que “praticar atividade física insuficiente e se alimentar de maneira inadequada são fatores importantes que contribuem para que sejamos mais pesados e gordos. Portanto, na atualidade, diferentemente de que ocorriam em tempos passados, a escola também deverá nos ensinar a praticar mais atividade física, a reduzir o tempo que ficamos sedentários para preencher nosso tempo livre e a nos alimentarmos de maneira equilibrada, para que possamos viver bem e mais saudável na sociedade de hoje”.

COMBINAÇÃO PERIGOSA – Passar longo tempo em frente as telas, não praticar atividade física ou exercício com periodicidade e os maus hábitos alimentares formam uma combinação perigosa que pode desencadear diversos problemas de saúde. Os professores alertam que quando a pessoa tem mais peso o organismo pode desenvolver uma série de doenças que, muitas vezes, não aparecem durante a infância ou adolescência, somente na fase adulta, como doenças do coração, diabetes, aumento da pressão arterial, artrite, alguns tipos de câncer, entre outras.

“Quando somos mais pesados e gordos, além do risco de mais tarde termos essas doenças, comemos mais e ficamos mais tempo sedentários. E, quanto mais comemos e mais tempo ficamos sedentários, mais aumenta o nosso peso corporal”, aponta trecho do estudo. “A gordura do nosso corpo não se transforma em músculo, mesmo fazendo qualquer tipo de atividade física, exercício físico ou esporte. Logo, o que precisamos é fazer atividade física, exercício físico ou alguns tipos de esporte para gastarmos essa energia guardada na forma de gordura para emagrecermos e termos mais saúde”.

ACIMA DO PESO

Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) indicam que, no município de Toledo, em 2019, 2,71% dos adolescentes estavam em condições de obesidade grave; 11,43% com obesidade; 18,94% com sobrepeso e 63,68% com eutrofia – apresenta boa nutrição; que possui uma alimentação de qualidade. Já no ano passado, com obesidade grave eram 3,49%; obesidade, 11,39%; sobrepeso, 19,2%; e eutrofia, 62,7%.

Fonte: sisaps.saude.gov.br/sisvan/relatoriopublico/estadonutricional

Da Redação

TOLEDO

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