EUA prometem fundo de proteção e Bolsonaro acusa mídia de fake news
No discurso de abertura, Biden prometeu criar um fundo internacional para a mídia de interesse público, para financiar a imprensa independente ao redor do mundo. O governo americano também se comprometeu a criar, por meio da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), um novo fundo de defesa para ajudar na proteção de jornalistas investigativos que são alvos de ações judiciais e campanhas de difamação.
Liberdade
“Uma mídia livre e independente é o alicerce da democracia. É assim que o público se mantém informado e como os governos são responsabilizados. E, em todo o mundo, a liberdade de imprensa está ameaçada”, disse Biden.
Bolsonaro, por sua vez, atacou a imprensa profissional no documento que enviou à Casa Branca, no qual assumiu compromissos com a defesa da democracia brasileira – entre eles, a garantia de eleições livres.
No tópico sobre defesa da liberdade de expressão, o governo brasileiro escreveu: “Reconhecendo os desafios relacionados à proliferação de desinformação, em especial pela grande parte da mídia tradicional, o governo continuará a salvaguardar a liberdade de expressão, incluindo na internet, de acordo com a legislação nacional e padrões internacionais.”
A exemplo do ex-presidente americano Donald Trump, que foi banido das plataformas online após o ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro, Bolsonaro usou a presença na cúpula para defender o ambiente de “internet livre”. O governo Biden, por sua vez, tem cobrado empresas como o Facebook a se posicionarem de maneira mais contundente quando há disseminação de desinformação online.
Bolsonaro costuma alegar que há censura e perseguição por parte das plataformas de redes sociais quando é realizada a remoção de conteúdo comprovadamente falso. Os aliados do presidente também acusam o Supremo Tribunal Federal de promover uma perseguição contra o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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