EUA querem comprometimento claro do Brasil contra desmatamento, alerta Psaki
“Acreditamos que é realista para o Brasil atingir uma redução real do desmatamento até o final da temporada de incêndios de 2021”, afirmou Psaki durante a coletiva.
No domingo, 11, o embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, afirmou em transmissão online do grupo Parlatório que o tema ambiental é importante para o provável ingresso do País na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Em março, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, conversou por telefone com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e disse que busca se engajar em uma agenda de proteção da Amazônia. A pauta ambiental é uma das prioridades do governo Biden, que assumiu o cargo de presidente dos EUA em 20 de janeiro.
“A secretária Yellen expressou sua intenção de aprofundar a cooperação com o Brasil para enfrentar os principais desafios regionais e globais, incluindo o apoio a uma forte recuperação da pandemia de covid-19, combate à desigualdade, desenvolvimento de infraestrutura sustentável e abordagem vigorosa da ameaça das mudanças climáticas”, dizia uma nota divulgada pelo Departamento do Tesouro americano.
Durante a campanha eleitoral de 2020 nos EUA, Biden chegou a sugerir que poderia aplicar sanções ao Brasil por causa do desmatamento na Amazônia. A vice-presidente americana, Kamala Harris, também já criticou a política ambiental do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Em carta enviada a Biden em 20 de janeiro, dia da posse do democrata, Bolsonaro disse estar pronto para continuar a parceria com os EUA na questão ambiental. “Estamos prontos, ademais, a continuar nossa parceria em prol do desenvolvimento sustentável e da proteção do meio ambiente, em especial a Amazônia, com base em nosso Diálogo Ambiental, recém-inaugurado”, escreveu o presidente brasileiro.
No ano passado, contudo, Bolsonaro chegou a dizer que apoiava a reeleição do ex-presidente americano Donald Trump. A vitória de Biden foi confirmada no dia 7 de novembro, após um atraso na contagem de votos por correio, mas o presidente brasileiro só reconheceu o resultado da eleição americana mais de um mês depois, no dia 15 de dezembro.
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