EUA reafirmam cronograma de retirada do Afeganistão após ataques em Cabul
Segundo Psaki, a administração vinha observando o avanço da ameaça Isis-K, o ramo do grupo Estado Islâmico que reivindicou os ataques. Questionada sobre possíveis novos atentados da organização, a porta-voz afirmou que a capacidade operacional é diferente para ações em outros lugares. Acerca da cooperação com o Taleban, “não é um grupo no qual confiamos, mas é o grupo que comanda o Afeganistão, e possibilitou a retirada de milhares de americanos”, indicou, reafirmando que a organização não é aliada de Washington, mas que vem colaborando com a evacuação.
Dois legisladores republicanos pediram a renúncia do presidente Joe Biden após a crise no país da Ásia Central, no que Psaki respondeu que “não é dia para política”. “Esperamos que todos os americanos fiquem ao nosso lado, especialmente no combate aos terroristas”, afirmou. Perguntada sobre a postura de Biden diante do ocorrido, indicou que dias “no qual perdemos comandados são os piores da administração”.
Com uma proposta para o aumento no número de refugiados recepcionados pelo país no atual ano fiscal, a porta-voz indicou que ainda não há novidades no tema, mas que a administração está “tentando trabalhar junto aos grupos de recepção” destes imigrantes. “Sabemos que há pessoas que não querem estrangeiros no nosso país, mas processo tem de continuar”, afirmou sobre a oposição à uma maior abertura.
Mais cedo, Biden lamentou a morte de civis afegãos e também de militares americanos no duplo atentado. Durante coletiva, o presidente garantiu que os EUA não esquecerão nem perdoarão o episódio. “Faremos os responsáveis pagar”, garantiu, enfatizando também que continuará a operação para retirada de pessoal do país até o dia 31. O Pentágono confirmou a morte de 12 soldados americanos no episódio, com outros 15 feridos. Questionada sobre um possível 13º militar morto, Psaki disse que ainda não tinha maiores informações.
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