Explosão em hotel de luxo no Paquistão mata ao menos quatro pessoas

Ao menos quatro pessoas morreram e 12 ficaram feridas na explosão de uma bomba no estacionamento de um hotel de luxo onde estava hospedado o embaixador da China no sudoeste do Paquistão, informaram autoridades locais nesta quarta-feira, 21. A explosão ocorreu na área do estacionamento do hotel Serena, na cidade de Quetta, capital da Província do Baluchistão, onde o Exército luta há uma década contra insurgentes, a menos de 100 km da fronteira afegã.

“Ao menos quatro pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas”, disse à agência France Presse o ministro paquistanês do Interior, Sheikh Rashid Ahmed, denunciando um “ato de terrorismo”. “Uma delegação chinesa de quatro pessoas, chefiada pelo embaixador, estava hospedada neste hotel”, acrescentou.

Azhar Ikram, um alto funcionário da polícia de Quetta, informou que os explosivos estavam em “um dos veículos” no estacionamento, segundo os primeiros elementos da investigação. Até o momento, a autoria da explosão não foi reivindicada.

O Baluchistão é uma província pobre, apesar dos importantes recursos naturais que tem. Nos últimos anos, a insurreição tem sido especialmente violenta. O bombardeio em Quetta aconteceu horas depois que Paquistão e o vizinho Irã abriram um novo ponto de passagem de fronteira na província para melhorar as relações comerciais e econômicas. O Baluchistão faz fronteira com o Irã e com o Afeganistão.

O Taleban paquistanês tem como alvo militares e civis em todo o país desde 2001, quando esta nação islâmica se juntou à guerra contra o terror liderada pelos EUA após os ataques do 11 de Setembro. Desde então, os insurgentes declararam guerra ao governo do Paquistão e realizaram inúmeros ataques.

Os grupos militantes do Paquistão estão frequentemente interligados com aqueles do outro lado da fronteira no Afeganistão.

O Paquistão quase completou uma cerca ao longo da fronteira com o Afeganistão, que Islamabad diz ser necessária para evitar ataques de militantes de ambos os lados. Os dois países costumam se acusar mutuamente de fazer vista grossa aos militantes islâmicos que operam ao longo da fronteira porosa. (Com agências internacionais).

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