Fábio Moreno desabafa sobre pressão na Ponte Preta: ‘Só atrapalha’
Na segunda-feira, depois da derrota para a Internacional de Limeira, por 1 a 0, o ônibus com a delegação sofreu ataque de membros das torcidas organizadas em frente ao estádio. Abalado psicologicamente, o lateral-esquerdo Yuri ficou de fora do time titular contra o Mirassol. Outros jogadores também ficaram assustados.
“A Ponte é sempre um clube em ebulição, a gente procura blindar os jogadores desse externo, que é sempre muito turbulento. Na verdade todo esse questionamento, toda celeuma do externo, só prejudica a Ponte Preta. Não é nada produtivo, a Ponte não conseguiu nada com isso ao longo da história”, disse Fábio Moreno, em tom de desabafo.
“A gente questiona muito a parte emocional da Ponte, mas só quem vive esse dia a dia sabe da dificuldade que é trabalhar aqui dentro por conta da grandeza da instituição, da cobrança da torcida, de todos. Muitas vezes, quando ganha, a vitória é relativizada, quando perde, parece que cai o mundo nas nossas costas. Estamos tentando fazer o melhor para a Ponte, os atletas saem todos os jogos exaustos”, declarou.
O treinador pontepretano também foi questionado sobre o risco de demissão por conta do futebol ruim apresentado até aqui na temporada. Fábio Moreno disse que se sente respaldado pela diretoria e, principalmente, pelos jogadores. “Não é uma derrota ou outra que vai tirar confiança e vai dizer se a gente é capaz ou não. A gente cobra um futebol de qualidade e, se a cada derrota trocar toda a comissão e toda a estrutura, fica impraticável. A gente se sente respaldado pela diretoria, se sente respaldado pelos jogadores, principalmente. O ambiente no dia a dia é muito saudável”, afirmou Moreno.
Faltando três rodadas, a Ponte Preta está na terceira colocação do Grupo B, com dez pontos, dois a menos que a Ferroviária. Em busca da reabilitação, o time volta a campo no domingo, contra o Ituano, no Novelli Júnior.
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